A iniciativa Conexões Sustentáveis: São Paulo–Amazônia busca mobilizar as cadeias de valor dos setores da pecuária, da madeira e da soja por meio de pactos setoriais para a preservação da Floresta Amazônica e de seus povos. Os documentos põem como obrigação dos signatários o financiamento, a distribuição e a comercialização de produtos com certificação (ou que estejam em processo de regularização) e provenientes de fornecedores que não façam parte da Lista Suja do Trabalho Escravo ou de áreas embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). E, no caso do Pacto da Soja, que estejam localizados em áreas liberadas pela “Moratória da Soja”.
Os textos dos pactos também preveem a mobilização, por parte dos signatários, para ampliar o número de adesões e a realização de campanhas de esclarecimento com seus consumidores e fornecedores. O cumprimento dos termos de compromisso em cada setor é monitorado pelo Comitê de Acompanhamento dos Pactos.
A prefeitura de São Paulo também se comprometeu com a iniciativa, assinando um termo de compromisso para que as compras públicas do município levem em conta critérios que ajudem a preservar a Amazônia e torná-la sustentável.
O projeto Conexões Sustentáveis surgiu por causa do grande fluxo de negócios que liga a cidade de São Paulo à Amazônia brasileira. Do sul seguem investimentos e mercadorias. Do norte vêm matérias-primas, energia e outros produtos essenciais à sobrevivência da maior cidade do país. No entanto, não há dúvida de que o modelo de exploração atualmente em marcha num dos mais ricos ecossistemas do mundo ameaça seriamente sua própria sobrevivência.
Se a floresta e seus povos têm sofrido com impactos perversos ao longo das últimas décadas, a exploração não sustentável da Amazônia aumenta o lucro de empresas nacionais e estrangeiras e alimenta o consumo desenfreado das grandes metrópoles brasileiras, sobretudo da capital paulista. Nesse sentido, não há como divorciar a destruição desse rico bioma da dinâmica de funcionamento do maior centro urbano e produtivo do país.
O Instituto Ethos exerce a secretaria executiva do projeto, que é uma iniciativa do Movimento Nossa São Paulo e do Fórum Amazônia Sustentável. Participam do Comitê de Acompanhamento dos Pactos as seguintes entidades e empresas: Amigos da Terra, Grupo Carrefour, Grupo Orsa, Grupo Pão de Açúcar, Imaflora, Imazon, Instituto Akatu, Instituto Ethos, Instituto Socioambiental, Rede Nossa São Paulo, Papel Social Comunicação, Repórter Brasil e Walmart.
PROJETO CONCLUÍDO