Processo de homologação das denúncias continuou liderado pelos juízes auxiliares de Zavascki

A morte de Teori Zavascki , ex-relator da Lava Jato, gerou insegurança e apreensão e, uma semana após o acidente, ainda não foi nomeado um novo relator para a investigação. Esta nomeação deverá ser feita pela presidência do Superior Tribunal Federa (STF) e a escolha de um novo ministro a ser indicada pelo presidente da República, Michel Temer. O nome mais cotado para assumir a relatoria da Lava Jato é Edson Fachin e para o posto de ministro, apareceram nomes como Alexandre Moraes e Ives Gandra Martins Filho.

O ministro do STF Teori Zavascki faleceu em 19/01, quinta-feira, em um acidente de avião próximo à Paraty (RJ). A investigação da queda do monomotor corre em sigilo e a principal causa apontada é falha humana. A morte do ministro é sensível já que Teori estava em vias de tornar pública, as delações de executivos da Odebrecht envolvidos na Lava Jato, a chamada “delação do fim do mundo”, que envolve 77 executivos e Marcelo Odebrecht.

Com o ocorrido, Carmen Lúcia, presidente do STF, solicitou que os juízes auxiliares de Teori deem continuidade ao processo de análise dos processos da Odebrecht. Os auxiliares retomaram as atividades nesta semana e pretendem concluir os trabalhos até o final da semana que vem.

Teori também julgava casos da Lei de Responsabilidade Fiscal dos municípios e, com a sua morte, os processos foram suspensos. Com isso, a ajuda da União para os estados endividados pode demorar mais para sair.

Por Bianca Cesário, do Instituto Ethos

Foto: Agência Brasil