Encontro contou com a presença de representantes de empresas já reconhecidas que compartilharam suas experiências

Ser reconhecido pelo Empresa Pró-Ética é o objetivo de muitas empresas e não é para menos. O reconhecimento é feito pelo Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) e o Instituto Ethos faz parte do seu comitê gestor. O maior interesse das empresas na premiação, confirmado pelo novo recorde de inscrições neste ano, traz diversas vantagens para o ambiente de negócios, em especial por incentivar e reconhecer práticas de integridade, além de uma importante análise sobre os programas de integridade das empresas.

Para incentivar e ajudar empresas a alcançarem o reconhecimento do Pró-Ética, o Instituto Ethos realizou no dia 11 de julho um diálogo com empresas com foco em discutir o preenchimento do formulário, além de apresentar e debater melhores práticas. Entre os presentes estavam líderes das empresas já reconhecidas, em mais de uma edição, pelo Pró-Ética: Siemens, ABB, Granbio e Duratex.

A coleta de evidências foi uma das dicas oferecidas e reforçada pelas empresas que já obtiveram o selo, já que é preciso demonstrar que as ações estão sendo colocadas em prática. “É como se fosse uma auditoria remota, então, é preciso dar transparência e explicar em detalhes tudo o que acontece”, apresentou Cristiane Oliveira, da Granbio, reconhecida duas vezes pelo Pró-Ética. Um exemplo de evidências está no envio de fotos dos treinamentos sobre as práticas de integridade para os colaboradores, essencial aos programas de compliance.

Quanto ao tamanho e o histórico da empresa, o grupo entendeu que estes fatores não diminuem a chance do alcançar o Pró-Ética. Por exemplo, se o programa de compliance é recente ou se a empresa é pequena, estes não seriam fatores limitantes, já que estes são pontos levados em consideração na hora da avaliação e o programa de integridade apresentado deve estar adequado à realidade da empresa e ser suficiente para atender os diferentes riscos, de acordo com a especificidade de cada negócio. Um exemplo prático desta realidade é o reconhecimento de uma pequena empresa na última premiação, a Tecnew.

Outro ponto abordado na conversa foi o sistema de denúncia e em como demonstrar que ele é uma ferramenta efetiva. Entre as ações que podem ser evidenciadas estão a veiculação de campanhas para estimular o uso do canal de denúncia, demonstrar que as denúncias são investigadas e a forma como se faz esta investigação, que tipo de feedback é dado aos denunciantes, apresentar quais são as políticas para proteção do denunciante e as de não-retaliação.

Durante o encontro, Marina Nicolosi, da Duratex, relatou que o Guia Temático de Integridade, Prevenção e Combate à Corrupção dos Indicadores Ethos contribuiu para a elaboração de políticas e procedimentos que compõem o programa de integridade da empresa e  destacou que o instrumento foi importante no desenvolvimento desses documentos, que fazem parte do conjunto a ser analisado pelo questionário do Pró-Ética.

O consenso final da discussão foi de que é preciso demonstrar um esforço de mapear os riscos à integridade do negócio e construir saídas para mitigá-los, assim como construir um programa de compliance sólido, que atenda às necessidades do negócio e seja efetivo na prática.

A premiação do Pró-Ética 2017 está prevista para novembro e deve ter um número maior de reconhecimento, levando em consideração o aumento do número de inscrições e de empresas que estão em avaliação.

Para conhecer os detalhes do Pró-Ética, clique aqui.

Conheça as iniciativas de Integridade do Ethos aqui.

 

Por Bianca Cesário, do Instituto Ethos

Foto: Juliana Soares