Caio Magri avalia o veto do governo

O Instituto Ethos divulgou seu posicionamento sobre a interferência do governo que culminou na suspensão de uma campanha publicitária do Banco do Brasil que contemplava a diversidade.

Caio Magri, diretor-presidente do Ethos, também avaliou o cenário no programa Radar Responsabilidade Social de 02/05 e falou sobre a posição do Banco do Brasil, que faz parte do quadro de empresas associadas ao Instituto.

“Nos manifestamos com a intenção de tentar entender como uma empresa associada ao Ethos, se rende e deixa uma determinação fora de seus quadros gerenciais ser acatada e incorporada dentro da organização”, explicou Caio.

O Ethos questionou a empresa e avalia se a decisão tomada viola sua Carta de Princípios, como contou Caio no programa: “Nos parece que houve violação de princípios nesse processo pela incapacidade de independência e de manter suas decisões administrativas e estratégicas.”

Com a decisão e a polêmica estabelecida, a gestão do Banco do Brasil se coloca numa posição delicada com uma importante parcela do mercado, pois mais da metade da população brasileira é composta por pardos e negros; enquanto as pessoas que fazem parte da comunidade LGBTI+, movimentam 150 bilhões de reais por ano no país.

“Do ponto de vista ético, a decisão é lamentável, uma agressão e uma intolerância; e do ponto de vista de negócio, o maior banco do país, pode estar fadado a correr riscos com relação ao seu público e seus clientes”, enfatiza Caio.

Ouça o programa na íntegra.

Por: Laís Thomaz, do Instituto Ethos

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