Ethos relembra atuação do rabino em ocasião do assassinato de Vladimir Herzog
Símbolo da defesa dos direitos humanos, assim podemos nos referir a Henry Sobel, rabino de 75 anos, que faleceu esta manhã, em decorrência de complicações ocasionadas por um câncer no pulmão.
Vale destacar a atuação de Sobel quando o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado em 1975, durante a ditadura militar, ao não aceitar a versão oficial que indicava suicídio. Essa ação culminou num ato que reuniu lideranças religiosas e uma multidão de pessoas em um ato contra a ditadura, na catedral da Sé, em São Paulo.
“Foi corajosamente que Henry Sobel enfrentou a ditadura e não permitiu que Herzog, judeu, fosse enterrado fora dos preceitos da religião, por causa de uma inverdade que concebia a causa da morte como suicídio sendo que haviam marcas de tortura no corpo do jornalista. Da mesma forma, corajosamente, temos que nos fortalecer com esse legado e continuar lutando contra injustiças”, avalia Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos, que completa: “estimamos condolências a esposa e filha”.
Por: Rejane Romano, do Instituto Ethos
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil