Programação semanal possibilita maior abrangência dos temas
Desde o dia 2 de julho, o Instituto Ethos inovou ao viabilizar a Conferência Ethos, que já tem 22 anos de existência, a ser transmitida ao vivo, de forma online e gratuita, pelo canal do Ethos no YouTube .
“Em pouco mais de um mês de realização do evento é gratificante perceber o acervo de conteúdo que já foi produzido. Abordamos nas últimas seis semanas uma vasta e plural quantidade de temas que nos dizem muito sobre o momento que vivemos, mas, mais do que isso, trazem análises sobre a sociedade que queremos ser e como podemos contribuir nessa construção. Ainda temos muito pela frente, até dezembro, mas, com certeza, esse formato e essas vivências são um marco para o Instituto Ethos”, avalia Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos.
Acompanhe a seguir a programação para o próximo dia 13 de agosto:
15h – América Latina e Mercosul: as empresas e as alternativas e planos para sobreviver à pandemia e promover o desenvolvimento sustentável regional
O objetivo do painel é promover um diálogo entre empresas com grande estrutura e cadeias produtivas na América Latina e suas principais adaptações na região para o enfrentamento dos efeitos da recessão. Como as empresas pensam e reveem suas operações, estruturas, mercado e logística na região? Nesse contexto, há espaço para o planejamento de uma reestruturação mais sustentável para o momento de uma recuperação pós-pandemia?
Essa são questões que serão dialogadas durante a atividade com a participação de Andrea Alvares, diretora de Marca, Inovação, Internacional e Sustentabilidade da Natura, e Ignacio Sabino, gerente de Comunicações Corporativas e Relações Públicas da Argentina e Chile da Henkel, com a moderação de Leonardo Dufloth, coordenador de Mobilização de Novos Associados do Instituto Ethos.
16h10 – Refinamento de informações e privacidade: o que a pandemia nos ensinou?
Queremos entender, com este diálogo, como a pandemia acelerou os debates em torno da segurança da informação, caracterizando-a como um dos grandes desafios da próxima década. Durante a pandemia, governos em todo o mundo recorreram a tecnologias de monitoramento, sob a justificativa de uma medida emergencial, para acompanhar o isolamento social e isso ajudou a ampliar o debate sobre a privacidade.
Diferentes modelos buscaram dados mais fáceis de serem agregados, enquanto outros, de maior precisão do deslocamento, se tornaram mais invasivos e individualizados. Isso traz à tona a preocupação sobre o destino dos dados utilizados, sobre o marco de desagregação dos dados e sobre o refinamento rápido da informação.
Claudia Bauzer Medeiros, professora titular do Instituto de Computação da Unicamp, e Rafael Zanatta, diretor da Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa, irão explanar sobre os desafios que envolvem a questão com Paula Oda, coordenadora de Projetos de Integridade do Instituto Ethos.
17h20 – Mais Brasil, menos Brasília: federalismo brasileiro e a autonomia municipal
Nesse painel, faremos um diálogo sobre o federalismo brasileiro e a autonomia municipal, sobre o arranjo atual, seus limites e desequilíbrios e a possibilidade de uma reorganização frente à PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do Pacto Federativo. Nesse contexto, é importante aprofundarmos o conhecimento sobre os efeitos de projetos que retirem ou diminuam parcelas de competência tributária, autonomia ou recursos dos municípios para os serviços e para o bem-estar da população.
Eduardo Giannetti, PhD em Economia pela Universidade de Cambridge; Gilberto Perre, secretário-executivo da Frente Nacional de Prefeitos (FNP); Giovanna Victer, secretária de Fazenda de Niterói (RJ); e Ricardo Young, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos; vão conversar sobre a questão.
18h30 – O comércio de informações: como as Big Techs conquistam países, desafiam nossos direitos e transformam nosso mundo
Este é um diálogo sobre o livro “The Information Trade: How Big Tech Conquers Countries, Challenges Our Rights, and Transforms Our World”, publicado em 2020 pela HarperCollins. Nessa obra, a autora compara as Big Techs a estados líquidos, que atuam ativamente na atualidade em defesa, diplomacia, infraestrutura pública e serviços de cidadania – e isso, os diferencia de outras grandes corporações.
Companhias como essas possuem recursos, muitas vezes, superiores aos de Estados, formam esforços contraterrorismo e abrem escritórios diplomáticos junto a ONU e União Europeia. Esse diálogo nos ajuda a entender as grandes companhias de tecnologia como corretores de poder político e como isso transforma as relações e parcerias com os governos.
Alexis Wichowski, vice-diretora de Tecnologia para Inovação da Cidade de Nova York, professora na Columbia University’s School for International and Public Affairs e autora do livro irá falar sobre o tema com Paula Oda, coordenadora de Projetos de Integridade do Instituto Ethos.
19h30 – A questão de gênero e a mudança climática no semiárido brasileiro
Nesse painel, vamos dar visibilidade ao empoderamento das mulheres do semiárido, por meio da agroecologia e suas experiências exitosas no enfrentamento à mudança do clima. O protagonismo da mulher no sertão contemporâneo é uma realidade e a agricultura familiar de base agroecológica é uma importante ferramenta para a melhoria da qualidade de vida das mulheres do campo e de suas famílias.
Aderita Martins de Sena, doutora em Ciências em Saúde pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz (MS); Andrea Sousa Lima, educadora popular, feminista e coordenadora de Projetos na ONG ESPLAR; Valda Aroucha, pedagoga, ecofeminista e mestre em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental; e Edneida Rabêlo Cavalcanti, pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco; estarão nesse diálogo.
Por: Rejane Romano, do Instituto Ethos
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