CGU, Senado e Câmara assinaram acordo de cooperação técnica para garantir o intercâmbio de informações sobre gastos com a Copa e com a Olimpíada.

A Controladoria-Geral da União (CGU), o Senado Federal e a Câmara dos Deputados assinaram em dezembro um acordo de cooperação técnica para garantir o intercâmbio de informações e a alimentação unificada da entrada dos dados nos portais criados por essas instituições para fiscalizar os gastos com a Copa do Mundo de 2014 e com a Olimpíada e a Paraolimpíada de 2016.

Os dois sites que promovem a transparência e o controle dos recursos federais alocados para a Copa – o Portal da Transparência, da CGU, e o Copa Transparente, mantido pelas comissões do Senado e da Câmara– agora passarão a receber o mesmo conjunto de dados.

“Essa unificação dos dados dos portais é resultado dos debates que aconteceram na Câmara Temática de Transparência da Copa 2014”, explica Felipe Saboya, coordenador nacional de Mobilização do projeto Jogos Limpos, do Instituto Ethos. De acordo com Saboya, as organizações da sociedade civil cobravam uma padronização das informações disponíveis nos portais governamentais e os gestores pediam para não mais enviar separadamente para cada site os dados sobre os investimentos na Copa de 2014. Esse debate começou na terceira reunião da Câmara, realizada em outubro de 2011, em Porto Alegre, mais de um ano antes da assinatura do acordo.

O Instituto Ethos é um dos representantes da sociedade civil da Câmara Temática de Transparência, uma das nove câmaras organizadas pelo governo federal para debater a organização da Copa do Mundo de 2014.

Segundo os termos do acordo, a parceria permitirá a utilização de interfaces compartilhadas para alimentação mútua dos sites desenvolvidos pelos órgãos participantes para a fiscalização dos recursos federais alocados nos eventos esportivos, bem como a realização de eventos para divulgação das informações, transparência e controle social dos empreendimentos, além do desenvolvimento de ações de treinamento.

Na avaliação do ministro-chefe da CGU, Jorge Hage “agora, as cidades-sede terão a vida facilitada e a população terá informações mais consistentes e atualizadas”.