Movimento define diretrizes para 2013, como criar estratégias para evidenciar a relação das empresas com a biodiversidade e influenciar políticas públicas.

Fortalecer o engajamento, criar estratégias  para evidenciar a relação das empresas com a biodiversidade, influenciar as políticas públicas e aprimorar o monitoramento dos compromissos são diretrizes para 2013 do Movimento Empresarial pela Biodiversidade – Brasil (MEBB). As deliberações são resultado de uma reunião realizada nesta quarta-feira (6/2), em São Paulo, com o objetivo de fazer o planejamento estratégico deste ano. O plano foi elaborado de modo participativo por empresas e organizações presentes ao encontro.

“A partir deste ano, o MEBB fará um esforço de aproximação com os membros a fim de inseri-los cada vez mais nos debates e definições do movimento. O objetivo é tornar o MEBB cada vez mais robusto e representativo do pensamento das empresas e organizações”, explicou Tatiana Trevisan, secretária executiva da iniciativa.

Além de capacitar setorialmente para debates específicos, o MEBB pretende acompanhar de perto o cumprimento dos compromissos assumidos pelos seus membros no momento da adesão.

A reunião também aprovou alterações no estatuto do movimento, definiu que continua obrigatória a anuidade, aprovou a criação de um Conselho Consultivo e deliberou pela obrigatoriedade do preenchimento dos Indicadores de Monitoramento dos Compromissos do MEBB, cujos primeiros resultados  foram levados para a análise dos participantes.

Utilizados como ferramenta para o planejamento da agenda deste ano, os Indicadores do MEBB criados em 2012 serão aperfeiçoados e deverão e contribuir na criação de um guia de referência para as práticas empresariais. O objetivo é ajudar as empresas a entender melhor sua relação com a biodiversidade em termos de dependência e impactos.

Os indicadores também ajudarão a compreender mais claramente a participação das empresas no cumprimento das Metas de Aichi e  deverão colaborar na análise e evolução dos compromissos com a perspectiva de prever cenários futuros.

Políticas públicas

De acordo com as decisões dos participantes, o MEBB continuará a acompanhar e  a colaborar com as discussões sobre a política nacional de Acesso e Repartição de Benefícios (ABS).

“O MEBB foi quem começou a puxar esse debate no âmbito empresarial, com o objetivo de rever a atual legislação de acesso no Brasil, e é coerente aprofundarmos nossa participação no tema”, lembrou Tatiana Trevisan. Segundo ela, o movimento também deverá seguir nos debates sobre Pagamento por Serviços Ambientais como uma das ações para o ano de 2013.