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É possível manter o espírito crítico na cobertura dos temas da RSE

Investir na formação dos jornalistas também é essencial para que eles aprendam a falar de temas “do bem”

Foto: Claudia Perroni
RSE não é meio ambiente
RSE não é meio ambiente
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No debate “Responsabilidade social na mídia: pauta e gestão”, o moderador Carlos Eduardo Lins da Silva levantou a questão da cobertura crítica sobre o tema da responsabilidade social empresarial (RSE), já que essa é uma condição inerente ao bom jornalismo. Para Ricardo Gandour, diretor de conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo, “o jornalismo ainda sofre pela dificuldade de falar do bem, assim como tem grande facilidade em falar do mal”. Na verdade, segundo ele, os veículos são pressionados a trabalhar sempre com o inusitado, a falar dos bastidores. Ilustrando sua afirmação, Gandour lembra que é comum ouvir-se a frase segundo a qual os jornais têm como objetivo “confortar os aflitos e afligir os confortados”.  Em sua visão, os jornalistas precisam aprender a cobrir o bem, já que é difícil separar o joio do trigo. Isso exige também que as empresas de comunicação invistam na formação de suas redações.
 
Caco de Paula, diretor do Núcleo de Turismo da Editora Abril, acredita que a novidade do tema também dificulte a cobertura. Ele comparou o quadro atual com o período em que surgiram os cadernos de economia, no início da década de 80. Na época, havia muita dificuldade em traduzir o “economês” para uma linguagem acessível ao leitor. Da mesma forma, segundo Caco, há graus diferenciados de compreensão dos problemas nessa área. “No geral, até os editores resumem o tema RSE à questão do meio ambiente”,  afirmou.
 
Para o diretor-superintendente do Grupo Folha, Antonio Manuel Teixeira Mendes, as empresas jornalísticas “não podem comprar de graça a RSE”. Segundo ele, a imprensa precisa ser crítica, tentar contextualizar o tema e revelar os interesses envolvidos. “A notícia nunca é apenas boa”, destaca. Não é possível, por exemplo, cobrir a questão da produção do etanol, que é tema atual, sem falar dos possíveis problemas que o seu processo produtivo traz “em paralelo”, nas áreas ambiental e social.
 
Em sua intervenção, o diretor de planejamento e projetos sociais da Central Globo de Comunicação, Albert Alcouloumbre Junior, destacou que, para manter o espírito crítico, é essencial adotar “a velha e boa fórmula do jornalismo ortodoxo” e “não tentar reinventar a roda”. Além disso, lembrou que em geral o espaço jornalístico na mídia não é muito elástico, o que obriga as empresas a entrar numa grande disputa para divulgar suas ações na área de responsabilidade social. (Publicado em 12/06/2007)

Fonte: Instituto Ethos

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