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Diretor do CEBDS defende “revolução” para a mudança

Fernando Almeida acredita na necessidade de ruptura para a construção de novos modelos para as empresas

Foto: Claudia Perroni
Fernando Almeida: ruptura planejada
Fernando Almeida: ruptura planejada
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Durante a Conferência 2007, do Instituto Ethos, Fernando Almeida, diretor-executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), fez o pré-lançamento* do seu novo livro – Os Desafios da Sustentabilidade – uma Ruptura Urgente (Editora Elsevier, 2007, 280 páginas). Na nova publicação, ele mostra que só uma ruptura estruturada do sistema econômico vigente poderá frear o caminho rumo à destruição do planeta. Empresas, governos e sociedade são os atores que deverão encabeçar esse processo. Almeida acredita que ainda é possível reverter o quadro e salvar o planeta, mas alerta que precisamos agir rápido. Ele conversou com a equipe do Instituto Ethos sobre o livro.
 
Instituto Ethos – De que trata o livro?
 
Fernando Almeida – Trata da percepção e da constatação de que os padrões de desenvolvimento e os modelos de negócios existentes não levarão ao equilíbrio. Falo sobre isso em três blocos. No primeiro, apresento dados incontestáveis indicando que o processo de degradação social e ambiental continua. Faço uma relação entre o comportamento dos ecossistemas e o comportamento corporativo. Na segunda parte, falo das rupturas necessárias, já que o processo de degradação está muito mais rápido do que o de recuperação dos recursos naturais. Precisamos admitir que os inúmeros bons exemplos que vemos aqui não estão conseguindo mudar as tendências de degradação. Por fim, defendo uma ruptura planejada, pois, se não for planejada, a ruptura ocorrerá pela tragédia. Temos pouco tempo para fazer isso, de uma a três décadas.
 
IE – O senhor defende uma revolução?
 
FA – A ruptura urgente que eu defendo é revolucionária. A busca pela sustentabilidade é uma prática subversiva. Precisamos da presença de verdadeiros estadistas corporativos, que se engajem na causa com paixão, profundo conhecimento e seriedade. Ainda nos falta um [Mahatma] Gandhi da biodiversidade, ou um [Nelson] Mandela, ou ainda um Martin Luther King da sustentabilidade. Não ofereço uma receita de bolo, pois cada caso é um caso, mas precisamos agir rápido. Para mim, sustentabilidade e sobrevivência são sinônimos hoje e os atores das mudanças e da ruptura são empresas, governo e sociedade civil.
 
IE – No seu livro O Bom Negócio da Sustentabilidade, o senhor defendia a implantação da ecoeficiência. Isso ainda vale?
 
FA – Para mim é difícil, mas tenho de admitir que a ecoeficiência e a implantação da responsabilidade social corporativa, que eu defendia em 2002, quando lancei aquele livro, não foram suficientes para promover a mudança necessária. Prova disso é que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos países onde esses conceitos foram implantados não melhorou. As empresas precisam se reinventar. Companhias petrolíferas estão se transformando em empresas de energia alternativa. A DuPont, por exemplo, se reinventou três vezes. Primeiro produzia explosivos, depois trocou por petroquímica (com produção de tecidos e roupas) e agora migrou para a chamada life science (utilização da ciência para a criação de produtos, tecnologias e serviços com o objetivo de promover maior qualidade de vida).
 
IE – Na sua opinião, ainda há tempo para uma ruptura planejada?
 
FA – Acredito que ainda dá tempo, mas temos de agir rápido. Caso isso não ocorra, como poderemos fazer negócios sem que haja um controle sobre os efeitos do clima? Existem seguradoras que não vendem mais seguros contra ventos. Acredito que a mudança é possível, mas deverá ser assumida logo pelos estadistas corporativos imbuídos da missão de tornar o mundo sustentável.  (Publicado em 13/06/2007)
 
(*) O lançamento oficial do livro Os Desafios da Sustentabilidade – uma Ruptura Urgente será na Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos, em São Paulo, às 19h00 desta quinta-feira, dia 14 de junho de 2007.  

Fonte: Instituto Ethos

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