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Movimento Nossa São Paulo propõe faxina em casa

Idéias e práticas de sucesso podem servir de exemplo para outras cidades

Foto: Marco Carvalho
Grajew: cada um tem de fazer sua parte
Grajew: cada um tem de fazer sua parte
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Transformar São Paulo numa cidade mais justa e sustentável, essa é a missão do Movimento Nossa São Paulo: Outra Cidade, apresentado no painel temático “Desafios para a construção de cidades sustentáveis”. Para chegar lá, diversos segmentos da sociedade, em parceria com instituições públicas e privadas, estão mobilizados no sentido de construir uma agenda e um conjunto de metas – e comprometer-se a cumpri-las. A idéia deve servir de exemplo para outras cidades e, em 2008, consolidar uma Conferência das Cidades Sustentáveis.

“São Paulo é a matriz de um modelo insustentável do século passado”, definiu Eduardo Jorge, secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente. Para ele, a cidade só será sustentável a partir do momento em que o tema deixar o plano ideológico e passar a ser uma ação coletiva. “A responsabilidade pela mudança é de todos. É preciso dividir o peso conforme o ombro de cada um. Independentemente da classe social, as responsabilidades devem ser cumpridas.”

Oded Grajew, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos, afirmou que bons governos são fundamentais para construir sociedades sustentáveis. “Para esse projeto dar certo, é preciso que as próximas administrações incorporem essas iniciativas e todos juntos façam algo por uma cidade com qualidade de vida para toda a população.”

Inspirado na experiência empreendida pela sociedade civil de Bogotá, na Colômbia, o Movimento Nossa São Paulo: Outra Cidade é, segundo Grajew, apartidário e inter-religioso. Congrega muitas lideranças, mas não tem presidente nem diretoria. O exemplo colombiano é a prova de que, quando há vontade por parte das autoridades e da população, é possível mudar a realidade das cidades. Carlos Córdoba, coordenador do projeto Bogotá Como Vamos, mostrou que um dos cenários que melhoraram com a iniciativa foi o das finanças públicas: “Há 15 anos, 42% da população não pagava impostos e, em 2006, 96% passou a pagar”. Isso demonstra que a confiança da população aumentou, fazendo com que alguns munícipes, voluntariamente, resolvessem pagar 10% a mais do que o devido. Essa renda extra nas finanças públicas foi revertida em favor da educação, da saúde e da infra-estrutura.

Outro cenário modificado foi o da violência: na década de 1990, o índice de homicídios em Bogotá era de 80 para cada 100 mil habitantes. Em 2006, esse número caiu para 18 por 100 mil. Córdoba afirma que os cidadãos estão mais conscientes, discutindo o que está sendo feito, e isso acontece devido à divulgação nos meios de comunicação. “Esse projeto ensina que a cultura política é muito séria para ser deixada somente nas mãos dos políticos. Os resultados não vieram de um milagre, mas sim de um posicionamento diferente, pois aquilo que se constrói coletivamente se mantém no coletivo”, declarou Córdoba.  

Eduardo Jorge explicou que, numa cidade tão cheia de contrastes como São Paulo, não é fácil realizar projetos que buscam a sustentabilidade. Mas é possível criar formas de aumentar a verba disponibilizada para as secretarias. “No Brasil, as cidades que têm secretarias de meio ambiente ainda são poucas. Ao todo, o país tem mil secretarias que tratam do assunto, com uma verba que ainda não chega a 1% do orçamento municipal”, afirma. Mesmo com a falta de recursos e de estrutura, Jorge explica que São Paulo tem trabalhado em diversas áreas. Uma delas é a da qualidade do ar, com a previsão de inspeção da frota de 5,5 milhões de automóveis para controle do monóxido de carbono emitido. Um projeto de melhoria na qualidade da água pretende limpar 40 córregos e, na área de resíduos, todo o entulho da construção civil que for reciclável deverá ser usado na pavimentação de ruas.

O Nossa São Paulo: Outra Cidade é aberto à participação de organizações e empresas e pode tornar-se exemplo para outras cidades. “A missão do Instituto Ethos, por meio de parcerias, é fazer com que cada cidade tenha um projeto de sustentabilidade que traga melhoria de vida para toda a população. É um projeto ambicioso e único, que só dará certo se cada um fizer a sua parte”, afirmou Oded Grajew. O movimento já conta com a participação de mais de 300 instituições paulistanas, e a intenção é disponibilizar um banco de dados para que todos os partidos políticos aproveitem as boas idéias nas próximas campanhas eleitorais. (Publicado em 15/06/2007)


Fonte: Instituto Ethos

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