Empresas se reuniram, virtualmente, para compartilhar práticas e falar sobre novos desafios
Guiado pela premissa de manter projetos e iniciativas implementados antes da crise com o coronavírus, o Ethos realizou nesta semana a primeira reunião virtual do Grupo de Trabalho de Empresas e Direitos Humanos. Mais de 30 empresas dialogaram sobre o atual momento de turbulências e os novos desafios. Além disso, o grupo observou pontos relevantes a serem considerados no futuro documento de diretrizes de direitos humanos, saúde pública e responsabilidade social empresarial.
“Nesse momento, o Ethos está se guiando por seus princípios e valores. É a hora na qual a responsabilidade social empresarial deve ser demostrada em ações”, ressaltou Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos.
Magri apresentou frentes as quais o Instituto está envolvido, como as discussões do movimento Renda Básica que Queremos e a plataforma Covid Radar, que o Ethos integra o Conselho Institucional e irá desenvolver ações nas agendas de integridade, transparência e direitos humanos.
“Todas as empresas presentes nessa reunião podem participar dessa iniciativa, que objetiva, ainda, realizar um mapeamento de apoio solidário para comunidades e populações mais vulneráveis”, convidou o diretor-presidente do Ethos.
Magri falou também sobre a atuação do Instituto quanto ao compartilhamento de boas práticas que vêm sendo adotadas no escopo empresarial. “A nossa equipe está trabalhando para trazer as boas práticas das empresas em nossas mídias sociais, compartilhando as boas ideias. Escutar experiências com efeitos positivos é muito válido para que possamos replicar”.
Algumas empresas como, por exemplo, a Enel e a Telefônica aproveitaram a ocasião para partilhar ações implementadas, viabilizando a troca de experiências.
Pontos como a desigualdade social e de gênero foram observados pela coordenadora de Práticas Empresarias e Políticas Públicas em Direitos Humanos, Sheila de Carvalho. “Os gêneros são impactados de forma diferente. Temos que considerar em nossas iniciativas questões como o aumento da violência de gênero”, destacou Sheila.
Ao final, o grupo foi provocado a refletir sobre “que tipo de mundo estará posto no pós confinamento?”, pois o Ethos já prepara iniciativas que virão ao encontro dessa inquietação. Trocas de experiências ocorridas nessa reunião servirão como base para um documento, que está em construção com a expectativa de ser lançado ainda durante esse mês de abril, abordando questões de transparência e práticas em direitos humanos, a partir de uma análise compartilhada.
Por: Rejane Romano, do Instituto Ethos
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