O Conversa com Lideranças – Tendências ASG para 2025, realizado na quinta-feira (13) na sede da Globo, reuniu lideranças para discutir os desafios e oportunidades do cenário socioeconômico global e seus impactos na agenda de sustentabilidade, governança e responsabilidade corporativa. O evento contou com a participação de Andréa Álvares (presidenta do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos), Caio Magri (diretor-presidente do Instituto Ethos), Cristovam Ferrara (diretor de Valor Social da Globo), Marco Castro (CEO da PwC) e Maria Lins Albuquerque (CEO da Synergia Consultoria Socioambiental), que trouxeram perspectivas sobre temas estratégicos para o próximo ano.
Andréa Álvares, presidenta do Conselho Deliberativo do Instituto Ethosm, destacou que a capacidade das empresas de encontrar soluções para desafios inéditos depende da diversidade dentro de suas equipes. Segundo ela, “repetir o que já foi feito com o mesmo perfil de talentos não será suficiente para enfrentar os desafios atuais.” Além de ampliar a inclusão, ela reforçou a importância de uma agenda de transformação que envolva capacitação e conscientização, reconhecendo e endereçando vieses estruturais nas organizações.
Entre os principais pontos abordados, os painelistas discutiram as novas exigências e as mudanças na percepção do mercado em relação às práticas ASG (ESG). Cristovam Ferrara apresentou dados sobre uma pesquisa da Globo referente a expectativa dos consumidores em relação às empresas, destacando que, embora a exigência por práticas ASG tenha oscilado, a demanda por ações concretas continua forte entre os mais jovens.
Marco Castro trouxe reflexões a partir da 28ª CEO Survey, destacando que empresas que investiram em sustentabilidade obtiveram bons retornos financeiros sem custos adicionais significativos. O levantamento indica que a incorporação de práticas ASG (ESG) nas estratégias corporativas tem gerado valor para as companhias, contrariando a percepção de que sustentabilidade representa um custo extra para os negócios.
Maria Lins Albuquerque trouxe uma perspectiva voltada para a realidade dos territórios, destacando a importância de ampliar o olhar para além do eixo Rio-São Paulo. Sua abordagem ressaltou como as dinâmicas socioeconômicas e ambientais variam entre diferentes regiões do Brasil, exigindo estratégias adaptadas à realidade local. O debate reforçou a necessidade de incluir essas particularidades nas discussões sobre sustentabilidade e governança, garantindo que a agenda ASG (ESG) contemple a diversidade dos desafios enfrentados em diferentes territórios.
Encerrando o evento, Andréa Álvares reforçou que, diante de um cenário global desafiador, a agenda ASG (ESG) não pode sofrer retrocessos. Para ela, a evolução das práticas de sustentabilidade e governança nas empresas deve ser contínua, impulsionada pelo compromisso com a transparência, a equidade e a inovação. Destacou ainda que o setor empresarial tem um papel estratégico na construção de um futuro mais sustentável e inclusivo, sendo fundamental que as organizações sigam aprimorando suas práticas, ampliando a diversidade de perspectivas e fortalecendo suas responsabilidades socioambientais.
Confira alguns registros do encontro
O próximo encontro já tem data marcada: no dia 14 de maio, a Marsh Brasil sediará uma nova edição do evento, com foco no Relatório de Riscos Globais 2025. O debate trará reflexões sobre os principais desafios que podem impactar o setor empresarial nos próximos anos, com enfoque em estratégias para fortalecer a resiliência dos negócios em um cenário cada vez mais dinâmico e imprevisível.