Durante seminário em Belo Horizonte, órgãos de controle interno e externo do Estado, do município e da União debatem integração das ações
Representantes de órgãos do controle interno e externo do governo de Minas Gerais, da Prefeitura de Belo Horizonte e da União debateram sobre as dificuldades para a integração de trabalhos durante o seminário “Transparência na Copa 2014: Como Está Esse Jogo? – II Ciclo Permanente de Debates sobre a Copa 2014 – Controle Interno e Externo”, realizado no último dia 19 de junho, na capital mineira.
O diagnóstico geral dos presentes foi de que ainda há pouco diálogo entre os órgãos de controle e, portanto, quase não há troca de informações que possam ajudar a desenvolver o controle interno.
“Precisamos usar esse gancho da Copa para manter a rede de órgãos que criamos. Ela precisa acontecer não só nos megaeventos”, afirmou Inês Pinheiro, representante de Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG).
Inês Pinheiro apresentou o sistema de monitoramento e fiscalização dos investimentos da Copa de 2014, o Fiscopa, criado por um grupo do TCE-MG. Ali é possível acompanhar os 23 processos em tramitação no órgão sobre o megaevento. Para incentivar a denúncia e participação popular, foi criado também um canal de diálogo com a população, o Minas de Olho na Copa. Ela também destacou o trabalho conjunto com as controladorias do Estado e da União.
Na avaliação de Eduardo Fagundes Fernandino, subcontrolador de Auditoria e Controle de Gestão da Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais, o fato de o controle interno ser uma prática recente no país faz com que faltem profissionais qualificados. Ele ainda acrescenta outro problema: “Até pouco tempo atrás, as práticas administrativas não tinham como objetivo a transparência”. Para ele, “os procedimentos internos terão que se adequar e isso vai levar tempo para amadurecer”.
Já o auditor-geral do município de Belo Horizonte, Milton de Souza Júnior, destacou que algumas das informações que foram divulgadas nos portais de transparência eram novidades até para os gestores públicos: “A reivindicação por transparência ajudou a melhorar a administração publica”.
Carlos Roberto Ruchiga Correa Filho, da Controladoria-Geral da União, apresentou os avanços no do Portal da Transparência/Copa 2014, mantido pelo governo federal.
Veja também a matéria “Seminário em BH debate transparência na Copa“, sobre a primeira parte deste evento.
Início da rodada nacional
O seminário de Belo Horizonte foi o primeiro de uma série que vai rodar todas as cidades-sede da Copa de 2014 até o final deste ano, debatendo a transparência dos investimentos públicos para a realização dos mega-eventos.
O próximo seminário “Transparência na Copa 2014: Como Está Esse Jogo?” será em Cuiabá, no dia 8 de agosto de 2013.
Por Pedro Malavolta, do Instituto Ethos
Na foto A partir da esquerda, Milton de Souza Júnior, auditor geral do Município de Belo Horizonte, Eduardo Fagundes Fernandino, da Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais; Regina Helena A. Silva, do Centro de Convergência de Novas Mídias da UFMG; Carlos Roberto Ruchiga Correa Filho, da Controladoria-Geral da União, e Inês Maria Kellis Pinheiro, do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais.
Crédito: Richard/Instituto Ethos.