A concepção de uma cultura de sustentabilidade, apoiada em valores éticos, humanistas e democráticos e orientada por uma visão de bem-estar, qualidade de vida e progresso, é a base necessária para a construção de um ambiente favorável ao desenvolvimento de práticas que possibilitem o envolvimento e a troca entre iniciativa privada, governo e sociedade e a busca conjunta por resultados e evolução.
A cultura voltada para esse fim não só contribui para aumentar o nível de exigência dos cidadãos e das organizações em relação aos bens e serviços públicos e privados como também abre uma margem para diferenciação dos produtos e comportamentos das empresas.
Entendendo cultura como o conjunto de costumes que rege o comportamento de um grupo, é necessário estimular e desenvolver os valores que darão suporte às premissas para as atitudes desejadas, permitindo ampliar os campos de visão, de produção de conhecimento e de ações sustentáveis. Esses valores, além de tudo, devem fundamentar os interesses das organizações e da sociedade e interligá-los a um comportamento socialmente responsável e sustentável.
A mudança de cultura provavelmente é a mais difícil, pois envolve a quebra de paradigmas. É a partir do estabelecimento de valores sólidos que se compõe a consciência social necessária para a aplicação de novos conceitos. Por isso, é importante que as mudanças não estejam direcionadas apenas para os atores já operantes, mas busquem influenciar as novas gerações. Apenas dessa forma é possível forjar uma sociedade sustentável e promover o desenvolvimento de conhecimento e da consciência social favorável à evolução proposta.