[fake] Para promover um debate qualificado sobre a Amazônia, suas particularidades e o desenvolvimento de seus territórios, o Fórum Amazônia Sustentável realizou, na quinta-feira (05), uma reunião que contou com a presença de lideranças de diversos segmentos. O encontro aconteceu no Escritório da Alcoa, em Belém, e debateu experiências, dificuldades e possíveis soluções para que as iniciativas de desenvolvimento aplicadas atualmente possam direcionar futuros projetos e contribuir para minimizar possíveis entraves.
Um dos temas prioritários da agenda do Fórum reflete sobre questões relacionadas aos ‘Territórios Sustentáveis’, tema da reunião. Os grupos presentes no encontro apontaram várias deficiências, como a falta de apoio governamental às necessidades das comunidades e, com isso, a criação de novas demandas dentro do território. “A partir dessas declarações fica evidente a necessidade de se estabelecer relações horizontais de parceria em que as demandas do território sejam do todo e não apenas de parte do grupo”, detalha Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental.
Entre as áreas com problemas se encontra o setor extrativista. Com a falta de formalização de processos, boas iniciativas, como o manejo sustentável, ainda enfrenta obstáculos em diversas esferas. “O atual marco regulatório iguala grandes e pequenos produtores, não considerando peculiaridades regionais, sociais, culturais e econômicas. Com isso, surgem casos de desigualdade e injustiças”, relata Júlio Barbosa, do Conselho Nacional de Seringueiros.
No entanto, existe uma mobilização nacional para a construção de boas práticas que podem servir de parâmetro para reduzir as limitações entre comunidades e empresas. “Hoje há uma predisposição de uma série de atores para trabalhar uma visão de desenvolvimento territorial que, talvez, antes não houvesse. O Fórum Amazônia Sustentável, que é multissetorial, talvez, seja o ambiente mais próximo possível do adequado para dar o tratamento certo a essa mobilização, que parte principalmente das empresas”, avalia Ana Letícia Silva, integrante do Instituto Ethos.
Juruti
Exemplos bem sucedidos da integração entre empresa e comunidade já se espalham em todo país. No Pará, um dos casos com bons resultados está em Juruti, Oeste do Estado, onde está instalada a mina de bauxita da Alcoa. O município se tornou um modelo de sustentabilidade por meio das iniciativas com foco no desenvolvimento econômico e conservação da natureza, além de investimentos da infraestrutura em saúde, educação e saneamento básico, entre outros. “Acima de tudo é importante movimentar a dinâmica local pensando no médio e longo prazo, a partir de uma agenda de sustentabilidade. Essa agenda é uma estratégia que atende necessidades imediatas e busca atender demandas futuras, mesmo quando a empresa já não esteja mais funcionando”, completa Fábio Abdala, Gerente de Sustentabilidade dos Negócios de Mineração da Alcoa
Fonte: Redação EcoAmazônia. (10/05/2011)