O Brasil segue na direção de tornar-se a quinta maior potência econômica global, mas permanece em destaque na lista dos países com maior desigualdade. A preocupação com a questão do desequilíbrio na distribuição de riqueza e de oportunidades para a geração de renda e acesso a bens e serviços públicos torna mandatório elevar os direitos humanos ao mesmo patamar da economia.

Investir nos direitos humanos significa assegurar condições de vida digna para toda a população e reduzir as desigualdades sociais. Para isso, é fundamental a ampliação da participação da base da pirâmide no processo produtivo e no mercado de bens e serviços e a melhora na qualificação da força de trabalho e das relações trabalhistas.

As empresas têm papel fundamental nessa questão, devendo adotar postura preventiva em relação a possíveis violações de direitos humanos e proativa no combate ao trabalho escravo e na valorização da diversidade no quadro de funcionários. A promoção da responsabilidade social nas organizações vem se tornando uma realidade, assim como a inclusão desse tema na agenda mundial, por meio  do Pacto Global da ONU.

O Brasil já mostra avanços no campo social, mas, considerando-se o objetivo de se construir ambientes sociais saudáveis para as atividades produtivas, a velocidade da evolução tecnológica e o crescimento dos padrões de consumo em todo o mundo, esse processo ainda é lento.