Ethos se posiciona a respeito dos ataques à Constituição, às instituições da República e aos movimentos sociais e organizações da sociedade civil
Ao longo deste ano temos passado por momentos de muitos riscos e ataques à Constituição, às instituições da República e aos movimentos sociais e organizações da sociedade civil.
Confiamos na absoluta legitimidade das instituições e organizações que garantem a todos os direitos fundamentais inscritos na Constituição Federal. São os pilares da democracia, da justiça e da liberdade.
Vivemos um dos momentos mais críticos da nossa jovem democracia.
As tentativas de desmoralizar e criminalizar as organizações da sociedade como, por exemplo, por meio de mentiras, fraudes processuais, truculência e ilegalidades cometidas pela Polícia Civil do Estado do Pará no caso da prisão dos brigadistas. O país aguarda a devida apuração e punição aos responsáveis pelos crimes cometidos em Santarém e Alter do Chão contra a floresta, seus povos, o Projeto Saúde e Alegria, a WWF-Brasil e a Associação dos Brigadistas de Alter do Chão.
As recentes tentativas de atacar a liberdade de imprensa e de manifestação por meio da desqualificação dos órgãos de imprensa, a produção de mentiras e “fake news” para confundir a população e intimidar as empresas de comunicação e os patrocinadores da mídia, como, por exemplo, ameaçando colocar a máquina pública do executivo federal para perseguir e excluir a Folha de São Paulo de licitações públicas.
Este tipo de intimidação nunca aconteceu desde o fim da ditadura. É uma ameaça e um ataque aos princípios da livre iniciativa, da liberdade de imprensa e às regras do estado republicano.
O Ethos clama para que lideranças empresariais, acionistas, conselheiros, executivos e colaboradores das empresas, que se pautam por princípios e políticas empresariais de responsabilidade social e sustentabilidade, se manifestem em defesa das liberdades individuais e coletivas constitucionais e pela liberdade de expressão e imprensa.
Temos certeza que as empresas comprometidas com esses princípios reconhecem a importância e o valor dos parceiros e das parcerias que têm desenvolvido com organizações da sociedade civil em suas causas comuns e no fortalecimento do diálogo com as comunidades e o território.
É possível! Um exemplo de compromisso e lucidez foi a nota divulgada pela Natura no dia 27 de novembro, sobre a violência e as ilegalidades cometidas contra a ONG Saúde e Alegria e outras organizações locais da Amazônia.
Este é um momento de unir visões de diferentes setores da sociedade por um pacto que construa os consensos necessários para garantir a todos um presente e futuro sustentável, inclusivo, justo e responsável, sem deixar ninguém para trás!
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