Respeito, lucratividade e reconhecimento são alguns dos benefícios que as empresas conquistam por contar com profissionais desta área

Recentemente a mídia divulgou a parceria entre os Institutos Ethos e Mauá, que propiciou a criação do curso de Pós Graduação: Gestão Estratégica em Diversidade e Inclusão. Uma inovação que pretende capacitar profissionais para as demandas da área social.  Cada vez mais, em todo mundo, as corporações vêm percebendo que, quanto mais diverso for o público interno, mais bem representado estará o perfil de seus clientes. Uma ação que atende a vários propósitos: o de contemplar no ambiente corporativo a diversidade da sociedade e, além disto, pode não só gerar rentabilidade, mas também conquistar um espaço positivo na mídia para as empresas que apoiam este conceito. Mas além disso, o principal que é gerar respeito entre todos envolvidos, desde consumidores, stakeholders e concorrentes. Um ciclo virtuoso que pode contribuir para uma transformação no cenário do mundo dos negócios.

Por se tratar de um curso singular confira abaixo a íntegra da entrevista com o Coordenador de Pós-Graduação e Gestão Estratégica em Diversidade e Inclusão, Fábio Uzunof.


Ethos
: Qual a importância e o diferencial deste curso?
Fabio Uzunof: Hoje no Brasil não existe nenhum curso de Pós-graduação Lato Sensu que ajude profissionais e empresas a desenhar, implementar e gerir um programa e/ou projetos de diversidade e inclusão nos seus principais pilares como: etnia e raça, gênero, orientação sexual, PcD, refugiados, dentre outros.  Este pioneirismo em sistematizar o conhecimento sobre diversidade e inclusão forma profissionais capazes de atenderem demandas associadas à inclusão que auxiliam fortemente às empresas a gerirem seus negócios de forma sustentável. Um dos nossos diferenciais foi a inovação desde a construção totalmente colaborativa do curso e dinâmicas de aula muito baseadas em discussão de cases e proposição de desafios reais. Outro aspecto relevante é o realinhamento continuo do curso através da abordagem do Design Thinking, para estarmos em fase com as melhores práticas de mercado e seu dinamismo. Nossos alunos entram com um ou mais desafios que serão trabalhados durante o curso inteiro, com a ajuda dos professores, colegas e profissionais convidados e que no final irão se tornar programas e/ou projetos de diversidade e inclusão.

Ethos: Porque o Instituto Mauá resolveu empreender na área de diversidade e inclusão?
Fabio Uzunof: O Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), sempre buscou a inovação e acredita que ela esteja nas pessoas e não nas tecnologias. Além disso, querer transformar o sonho em realidade tornaram a Mauá na escola que é hoje. Desta forma, identificamos através do convívio com nossos alunos, professores, parceiros e comunidade que tínhamos que empreender na diversidade e inclusão, ora por conta dos desafios com os quais nós e outras empresas se deparam cotidianamente, mas também por entender que a implantação da inovação tem muito paralelismo com a diversidade e desta forma poderíamos atender a uma demanda de mercado e cumprir com o nosso papel de agentes transformadores da sociedade através da educação.

Ethos: De que forma poderá atuar o profissional formado em Diversidade e Inclusão?
Fabio Uzunof: Estes profissionais terão uma visão multidisciplinar para atuarem de forma estratégica na diversidade e inclusão, focado no engajamento da alta gestão com uma forte mentalidade de inovação e atuando no alinhamento de uma cultura organizacional mais inclusiva. O conteúdo foi totalmente estruturado em metodologias e experiências bem-sucedidas de empresas do setor privado, público e terceiro setor, com um corpo docente altamente capacitado e especializado que segue o mesmo princípio. Ao concluir o programa, o profissional será capaz de contextualizar  diversidade na realidade das empresas, para desenhar soluções aos desafios individuais que cada organização tem; desenvolver  programas e projetos de diversidade e inclusão de forma estruturada, potencializando os pilares já existentes e fortalecendo os que ainda não estiverem maduros; conhecerá as legislações nacionais e internacionais  que permitirá ajudar as empresas a desenvolverem estratégias para cumprir tais legislações, evitando assim perdas financeiras e prejuízo a imagem das empresas; utilizará  leis de incentivo para mitigar investimentos em diversidade e inclusão, para promover ações relacionadas a treinamento, sensibilizações e patrocínios incentivados que terão escalabilidade no tema; aprenderá a trabalhar no âmbito PcD as  dimensões da acessibilidade e tecnologia assistiva, tornando os ambientes mais inclusivos sob esta ótica, bem como sob o viés inconsciente que vale para os demais pilares da diversidade de forma a ser capaz de criar propostas de valor e engajamento na alta gestão, e em muitos casos podendo precificar o custo de se implantar ou não a diversidade, entre outros pontos de destaque.

Ethos: Como a Mauá irá usar toda a sua expertise em Educação neste curso?
Fabio Uzunof: A Mauá entende que a interdisciplinaridade é fundamental para formação de seus alunos, desde a graduação onde todos os profissionais formados pela instituição possuem elementos da engenharia, do design e da administração e este princípio acaba permeando a proposição de qualquer nova proposta de ensino, seja na graduação ou na pós-graduação. A excelência na escolha dos melhores profissionais de mercado com perfis verticalizados na academia ou em empresas, bem como os professores de perfis híbridos colabora muito para que possamos oferecer a metodologia pedagógica mais alinhada com os objetivos de cada curso e público alvo associado. Adicionalmente temos uma bagagem de mais de 56 anos na área de ensino e somos uma referência nacional, além de convênios internacionais com outras universidades e laços muito fortes com diversas empresas que nos permitem uma capacidade de compreensão de temáticas diversas para a formatação de cursos bem distintos. Desta forma a Mauá promove o ensino científico-tecnológico, visando formar recursos humanos altamente qualificados.

Ethos: Quais temáticas podem ser destacadas na grade curricular do curso?
Fabio Uzunof: As temáticas destacas estão ligadas ao  principal objetivo do curso que é: “Capacitar e aperfeiçoar profissionais, de forma multidisciplinar e estratégica, utilizando a aprendizagem baseada em problemas reais, para o desenvolvimento e implantação de projetos da diversidade e inclusão (D&I) nas empresas” . Desta forma as disciplinas contemplam as temáticas envolvidas neste processo. Utilizamos a disciplina Desenvolvimento de Projetos e Inovação como uma espécie de fio condutor, pois os alunos entram no curso com um ou mais desafios já existentes em sua empresa e trabalham na resolução desses problemas com a ajuda dos professores, colegas e profissionais convidados. Outro aspecto forte será a sensibilização da alta gestão quanto à sustentabilidade e aumento de rentabilidade e produtividade associadas a D&I, bem como pela  precificação de quanto a empresa ganharia ou perderia ao cumprir  ou não a legislação vigente, indicando as  perdas financeiras por autuações e perdas associadas à imagem da mesma.

Ethos: Qual a importância em contar com o apoio do Instituto Ethos?
Fabio Uzunof: Contar com o apoio do Instituto Ethos é um grande orgulho para o Instituto Mauá de Tecnologia e uma chancela muito forte para no nosso curso de Gestão Estratégica em Diversidade e Inclusão, pois existe uma convergência do nosso conteúdo com áreas de excelência que o Instituto Ethos vem trabalhando há muito tempo como: Direitos Humanos, Integridade, Gestão Sustentável e Economia.  O valor que podemos adicionar ao nosso curso com a utilização dos Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsáveis nos ajudará a formar profissionais mais capacitados para construir e conduzir  estratégias, politicas e processos. Outro aspecto muito importante é que este apoio nos permitiu reduzir globalmente o investimento realizado por qualquer aluno interessado em participar do nosso curso. Especificamente para interessados que trabalham em alguma empresa associada ao Instituto Ethos o investimento é ainda menor, permitindo que mais profissionais  possam ter acesso ao nosso curso.

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Por Rejane Romano, do Instituto Ethos

Foto: Flicker