Instituto pretende potencializar ainda mais o engajamento de empresas para contribuir com a agenda
Na última quarta-feira (05/04), foram divulgados os representantes dos governos estaduais, municipais e sociedade civil que irão compor a Comissão Nacional de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), do Governo Federal. Uma comissão que segundo Henrique Villa, Secretário Nacional de Articulação Social da SEGOV, responsável pela condução dos trabalhos, está qualificada para estabelecer os próximos passos na governança da Agenda 2030 Brasil.
O Ethos acompanha a agenda para o desenvolvimento global das Nações Unidas desde sua fundação, inclusive criando e implantando o escritório regional do Pacto Global no Brasil, no ano 2000, através dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM). A partir da Rio+20, em 2012, o Ethos priorizou a articulação das ações de sustentabilidade das empresas com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentavel da ONU, os ODS. Além disso, apoiou a criação da Estratégia ODS, iniciativa que integra entidades empresariais, da sociedade civil e o poder público visando ações conjuntas na promoção dos ODS’s no Brasil. Também participa em espaços de diálogo e representação relacionados que abordam os ODS, como, por exemplo, o Conselho do Global Compact, da ONU, buscando difundir iniciativas, articular, potencializar ações coletivas e discutir o aprimoramento de políticas públicas.
Com o intuito de continuar contribuindo nesse debate, o Ethos se candidatou para compor esta comissão e foi selecionado para representar a sociedade civil, juntamente com outros representantes dos governos estaduais e municipais. Um importante espaço de diálogo, articulação e mobilização entre os entes federativos e a sociedade civil visando a implantação da Agenda ODS 2030.
“O Ethos entende que a contribuição empresarial é imprescindível para o país avançar nesta agenda. Os ODS buscam a integração das três dimensões do desenvolvimento sustentável – a econômica, a social e a ambiental. Visam erradicar a pobreza e superar barreiras como a desigualdade social, o consumo e os padrões de produção insustentáveis e a falta de empregos decentes. A nova agenda de desenvolvimento pede uma ação de todos os países e de todos os atores sociais. Para tanto, as empresas, como um dos segmentos mais organizados da sociedade, podem ser protagonistas na articulação de um amplo diálogo com todos os segmentos sociais”, observa Marina Ferro, gerente executiva de Políticas Públicas do Ethos.
Caio Magri, complementa que “o Brasil teve um bom desempenho quanto aos ODM, devido a um engajamento conjunto e a mobilização que ocorreu em torno desta agenda”. Mas, alerta que o país precisa se preparar para os 17 desafios que compõem o documento dos ODS, que devem ser cumpridos até 2030. “Estamos trabalhando para engajar empresas a contribuir com esta agenda, pois acreditamos que o ambiente empresarial auxiliou o país a atingir a maioria das metas dos ODM e a tornar-se um exemplo internacional de integração entre governos, sociedade e empresas para melhorar as condições de vida de milhões de brasileiros. A participação das companhias na implementação dos ODS será vital para o sucesso das metas no Brasil e para a construção de um modelo de desenvolvimento que torne o país socialmente justo, ambientalmente equilibrado e ético.”, avalia.
O instituto efetua este engajamento em várias de suas iniciativas. Um exemplo é a Conferencia Ethos, realizada anualmente, onde o tema integra mesas de debates possibilitando a sinergia com as atividades.
Agora como integrante da Comissão Nacional de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o Ethos poderá potencializar a oportunidades que a agenda traz para as empresas, como a capacidade de acompanhar e conectar os desafios colocados pela realidade, de forma a articular uma agenda propositiva pela sustentabilidade, assegurando que a mesma seja de fato executada.
Sobre a Comissão Nacional dos ODS e a Agenda 2030
A Comissão é instância colegiada paritária, de natureza consultiva e tem como finalidade acompanhar, internalizar, interiorizar e difundir o processo de execução da Agenda 2030. A referida Agenda visa o alcance do equilíbrio entre a prosperidade humana com a proteção do planeta, e faz parte de um Protocolo Internacional da Assembleia Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU) que define a estratégia mundial de desenvolvimento. Até 2030 o Brasil se comprometeu a alcançar os 17 objetivos e suas 169 metas que buscam, dentre outros: erradicar a pobreza e a fome; reduzir as desigualdades; combater mudanças climáticas; promover o crescimento econômico includente.
Por Rejane Romano, do Instituto Ethos, com informações do site da Secretaria de Governo (SEGOV).
Foto: Itamaraty