Instituto defende a democracia como pilar fundamental para o desenvolvimento do país

Nesta semana, mensagens reveladas pelo site “Metrópoles” mostraram que um grupo de empresários apoiadores do governo passaram a defender um golpe de Estado caso o presidente Jair Bolsonaro não seja reeleito.

Nós, do Instituto Ethos, defendemos a democracia como pilar fundamental para o desenvolvimento do nosso país. Portanto, repudiamos fortemente o posicionamento desse grupo de empresários.

Entendemos que os mesmos não são representativos do setor privado brasileiro. Por exemplo, no dia 11 de agosto, dezenas de entidades empresariais representativas dos mais importantes setores como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), participaram dos atos em defesa da democracia e da justiça. Somando-se a mais de 1 milhão de brasileiros e brasileiras que aderiram à Carta às Brasileiras e Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito.

Na data de ontem, 18 de agosto, lançamos o Guia “A Responsabilidade Social das Empresas no Processo Eleitoral”, que traz recomendações e diretrizes atualizadas quanto à atuação socialmente responsável das empresas e organizações em processos eleitorais. Houve grande participação de empresas associadas ao Ethos nesse debate, sendo que 90% das pesquisadas acreditam ser importante ou muito importante a responsabilidade social das empresas nas eleições.

Defender posições golpistas passa longe do que as empresas devem fazer para contribuir com a democracia e o processo eleitoral. As empresas são importantes agentes de mobilização social. Durante o processo eleitoral, elas podem incentivar o engajamento político e o voto consciente. Podem, ainda, participar e promover debates, além de disseminar informações de qualidade, interna e externamente. Podem influenciar e construir políticas públicas que caminhem na direção de uma sociedade mais justa e sustentável em alinhamento à agenda 2030, com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a própria agenda ASG (Ambiental, Social e Governança). Podem trabalhar em conjunto com a sociedade civil, em espaços de diálogos e ações coletivas para exigir de quem se candidate compromissos públicos com suas promessas de campanha, que sejam concretas, claras e com metas e, posteriormente, cobrar das eleitas e dos eleitos seus efetivos cumprimentos.

Convocamos as empresas a assumirem esse papel e a contribuírem positivamente para esse momento tão importante para a democracia do nosso país.

 

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