A edição 2014 traz mais de 60 filmes e, pela primeira vez, premia as melhores produções latino-americanas.
De 20 a 27 de março de 2014, os paulistanos poderão conferir longas, médias e curtas metragens focados na temática ambiental, oriundos de mais de 30 países, grande parte deles inédita no Brasil.
Os filmes, classificados nas temáticas “Cidades”, “Campo”, “Economia”, “Energia” e “Povos e Lugares”, abordam questões como: energia nuclear; o uso de animais como cobaias; organismos geneticamente modificados; urbanismo e a vida nas grandes cidades; extração de recursos naturais por grandes corporações e suas consequências para o meio ambiente e para comunidades; localidades remotas; e a dificuldade cada vez mais premente de manter tradições junto às novas gerações que querem ganhar o mundo e diante dos dilemas impostos pelas transformações do meio ambiente.
“A Mostra Ecofalante entra em sua terceira edição consolidando-se em São Paulo como espaço para conferir produções de várias partes do mundo que marcam presença inclusive em grandes festivais de cinema. Esses filmes, inéditos em sua maioria no Brasil, não entram em circuito depois, salvo algumas exceções. É, portanto, uma oportunidade única de assistir a essas produções”, diz Chico Guariba, diretor da 3ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental. “É também um espaço para promover o debate e a reflexão sobre questões do nosso dia a dia.”
Como nas edições anteriores, além da mostra contemporânea, que traz o que de mais novo e melhor vem sendo produzido, haverá uma retrospectiva histórica e uma homenagem.
A retrospectiva histórica traz filmes do diretor e roteirista japonês Kaneto Shindo, que morreu em 2012 aos 100 anos. Nascido em Hiroshima em 1912, Shindo escreveu mais de 200 roteiros e dirigiu 49 filmes, com destaque para Filhos de Hiroshima, da década de 1950, que conta a história de uma professora que retorna a Hiroshima após o bombardeio atômico. O filme foi exibido no Festival de Cannes de 1953. O cineasta foi condecorado com a Ordem Imperial da Cultura do Japão em 2002
Washington Novaes será o homenageado da terceira edição da Mostra. Repórter, editor, diretor e colunista em várias das principais publicações brasileiras, foi durante sete anos editor-chefe do Globo Repórter e editor do Jornal Nacional, da Rede Globo, comentarista de telejornais das redes Bandeirantes e Manchete e do programa Globo Ecologia. No programa Globo Repórter, dirigiu documentários como “Amazonas – a pátria da água” e “As crianças do reino do Porantim”, com roteiros de Thiago de Mello, e “A doença dos remédios”, entre outros. Como produtor independente de televisão, dirigiu as séries Xingu – a Terra Mágica, Kuarup, Pantanal e Xingu – a Terra Ameaçada. Ganhou vários prêmios internacionais e nacionais de jornalismo e televisão, e também o Prêmio Unesco de Meio Ambiente 2004
Os filmes serão exibidos em sete salas do circuito de cinema da cidade: Reserva Cultural, Cine Livraria Cultura, Museu da Imagem e do Som (MIS), Cine Olido, Centro Cultural São Paulo, Cinusp Maria Antônia e Matilha Cultural. Além das exibições dos filmes, a Mostra promoverá debates com vários realizadores de diferentes nacionalidades. Toda a programação é gratuita.
Este ano a Mostra traz ainda duas novidades: a premiação dos melhores filmes latino-americanos e um circuito universitário que levará filmes e debates a diferentes instituições de ensino.
Serão premiados os melhores filmes escolhidos por uma comissão julgadora e também por voto popular. As cédulas de votação estarão disponíveis nos locais das sessões, durante o período de realização da Mostra.
O circuito universitário será realizado durante todo o mês de março, envolvendo alunos em debates temáticos. Participam da programação Mackenzie, USP, PUC, São Judas, Cásper Líbero e Fundação Getúlio Vargas, dentre outras instituições. O objetivo é levar o debate para os futuros tomadores de decisão e incentivar a produção universitária.
A realização da 3ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental é possível graças ao apoio da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, Programa de Ação Cultural 2013, por meio do qual patrocinam o projeto a Eaton e White Martins. O evento conta também com apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Programa de Pós-Gradução em Ciência Ambiental da USP (Procam), Instituto de Estudos Avançados da USP, Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, Centro Universitário Maria Antônia, Cinusp, Secretaria Municipal de Cultura, Centro Cultural São Paulo, Galeria Olido, Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas, Rede Nossa São Paulo, Instituto Pólis, Instituto Pepsico, Instituto Akatu, Matilha Cultural, Le Monde Diplomatique Brasil, revista Piauí, Instituto Envolverde, Rádio Eldorado, Rádio Estadão e Catraca Livre.