No dia 30 de outubro Ethos realiza curso sobre o Pró-Ética
Neste ano o Instituto Ethos deu início a cursos com foco em atualizar e potencializar o desempenho de profissionais em diferentes questões. Com o objetivo de capacitar profissionais responsáveis pela implementação e fortalecimento dos sistemas de integridade das empresas, nos meses de julho e agosto o Ethos realizou um intensivão de cursos com essa temática.
Para entender a relevância e diferenciais dos cursos ministrados no Ethos conversamos com os facilitadores, os professores que conduziram os módulos, que nessa entrevista expressaram importantes percepções sobre o quanto cabe às empresas, mas também a cada profissional a busca pelo aperfeiçoamento nesta assuntoque se tornou chave em qualquer área de atuação, em empresas de todos os portes.
Ethos: De que forma as empresas e os profissionais devem se preparar para este novo momento que exige ainda mais ética e transparência na forma de fazer negócios no Brasil?
Fábio Riserio: Preparando-se para uma nova forma de gerir os negócios. É necessário reavaliar a cultura, governança e gestão das empresas onde a ética tenha um papel fundamental nas suas decisões. É necessário criar um ambiente corporativo onde as pessoas tenham vontade de fazer o certo, de pensar na sustentabilidade dos negócios e tomar as decisões seguindo os preceitos da integridade e transparência. Mas, essa mudança não ocorrerá apenas com a elaboração de um código de conduta, criando uma política ou disponibilizando um canal de denúncias. Para as empresas e os seus profissionais estarem preparados para esse novo cenário, eles precisarão abordar os temas de integridade e transparência de forma conectada a cultura, governança e gestão das organizações. Os executivos e suas empresas precisam estar preparados para alinhar os interesses dos stakeholders e também promover uma relação transparente em relação aos seus impactos.
Viviane Gurgel: Primeiramente, identificar os processos frágeis da empresa e da sua área de atuação. A transparência na operação da empresa contribui na construção de uma atuação de negócio que se justifique do ponto de vista do interesse público, cumpra todos os requisitos legais e esteja de acordo com um código ético da empresa que se coadune com a imagem e reputação que a empresa deseja ter com seus consumidores, fornecedores, acionistas, autoridades e comunidades do entorno.
Lino Gaviolli: Temos que fazer a nossa parte. Nós precisamos mudar e não mais parar o carro em fila dupla, não mais subornar o guarda de trânsito, não mais tolerar nossos deslizes como sendo normal. E neste ponto de vista, todos os profissionais devem estar preparados para esta nova página no país.
“É necessário criar um ambiente corporativo onde as pessoas tenham vontade de fazer o certo, de pensar na sustentabilidade dos negócios e tomar as decisões seguindo os preceitos da integridade e transparência” – Fábio Riserio
Ethos: Muito se falou no programa de compliance das empresas, mas, mais que isso, cada profissional deve procurar aprimorar-se nestas questões?
Fábio Riserio: Acredito que os profissionais que atuam com o tema de compliance nas empresas devem procurar entender muito bem a forma de gerir os negócios na organização e como as pessoas se relacionam entre elas. Sem ter esse conhecimento o tema fica vazio, com um monte de formalismo aos quais as pessoas não atribuem qualquer importância no seu dia a dia. Outro ponto importante é que a responsabilidade de atuar com integridade e transparência não é só do profissional de compliance nas empresas. Essa responsabilidade é de todos, dos membros da alta direção que dão o tom de como serão tomadas as decisões dos negócios, dos profissionais de RH que determinam o reconhecimento baseado apenas em resultados financeiros e da diretoria da área comercial que por vezes estabelece metas irreais para as suas equipes. Todas essas mensagens podem ser indutoras de comportamentos antiéticos nas empresas.
Lino Gaviolli: Todos os profissionais devem aprender com esta mudança a qual o Brasil está passando. Isto não deve ficar restrito a profissionais da área de compliance, mas todos independente da profissão. O mercado exige profissionais eticamente bem construídos, porque sabe que o treinamento poderá fazê-lo alcançar seus objetivos.
Viviane Gurgel: É fundamental que os profissionais estejam atentos ao aprendizado contínuo para a realização adequada de suas atividades e possam com esta postura contribuir para melhorar os programas de compliance das empresas. Certamente, a área de compliance não consegue identificar detalhes e a complexidade das diversas áreas e se antecipar a todas as situações. O profissional com uma postura protagonista pode identificar se o programa de compliance é frágil ou incipiente. Num ambiente profissional cada vez mais dinâmico, competitivo, complexo e muitas vezes, com acentuado turnover, é essencial que o profissional se responsabilize também por sua atualização, seja via empresa, se houver esta oportunidade, ou de forma independente. Por isso, os cursos são essenciais na formação e atualização profissional. Numa empresa onde os valores sejam da legalidade e da ética, se manterão profissionais e equipes com o conhecimento de conformidade adequado e atualizado.
“Num ambiente profissional cada vez mais dinâmico, competitivo, complexo e muitas vezes, com acentuado turnover, é essencial que o profissional se responsabilize também por sua atualização, seja via empresa, se houver esta oportunidade, ou de forma independente. Por isso, os cursos são essenciais na formação e atualização profissional” – Viviane Gurgel
Ethos: Qual o diferencial do curso do Ethos em relação aos demais?
Fábio Riserio: O principal diferencial que eu vejo nos cursos ministrados pelo Instituto Ethos é a sua coerência. O Ethos tem em sua missão o objetivo de sensibilizar e mobilizar o setor empresarial para essa visão moderna de gestão das organizações e isso está presente em suas atividades, incluindo os cursos de Integridade. A maioria dos cursos que estão disponíveis no mercado focam em aspectos técnicos, que sem dúvida é essencial para a formação de bons profissionais, mas é preciso mais. É preciso mudar a mentalidade das empresas e dos seus executivos e é isso que os cursos do Instituto Ethos pretendem fazer.
Viviane Gurgel: O Ethos foi um dos precursores deste debate na construção de um ambiente de negócios comprometido com a legalidade e a ética, não somente com seus públicos diretos, como funcionários, clientes, fornecedores, acionistas e governo, mas com a comunidade do entorno e a sociedade. Reputações são difíceis de serem construídas e podem, pela fragilidade da forma de operar, ser desfeitas rapidamente. A coerência do discurso e da imagem da empresa, interna e externamente, são cada vez mais testadas e os cursos do Ethos possuem conhecimento adquirido com empresas de diferentes segmentos e tamanhos ao longo de 20 anos na construção e operação de valores da Responsabilidade Social Empresarial e Sustentabilidade. O exemplo e o know-how adquirido favorecem a interlocução e aprendizado das equipes das empresas, inclusive porque o Ethos promove o engajamento à partir da liderança das organizações. Ou seja, além de um ambiente de aprendizado, o Ethos também mobiliza e discute, sendo parte ativa da construção, ao longo desta jornada de 20 anos, de um novo ambiente para se operar no Brasil.
Se você perdeu a primeira leva de cursos fique atento, pois há novos cursos sendo disponibilizados. Dia 30 de outubro acontece um curso voltado para a promoção da integridade e Empresa Pró-Ética. Saiba mais e inscreva-se aqui. Associadas Ethos têm descontos conforme a categoria de associação.
Por Rejane Romano, do Instituto Ethos
Foto: Pexels