O Grupo de Trabalho de Meio Ambiente (GT MA) realizou sua quarta reunião de 2024 no dia 27 de agosto, na sede da Marsh McLennan, em São Paulo. O encontro reuniu empresas associadas ao Instituto Ethos para discutir as práticas empresariais de ASG (ESG) e sua adequação ao conceito de “localidade”. O objetivo foi analisar como as empresas brasileiras estão incorporando os compromissos internacionais de ASG (ESG) em suas operações, considerando as particularidades culturais, históricas, sociais e econômicas das regiões onde atuam. 

Durante a reunião, a coordenadora de Projetos em Clima e Meio Ambiente do Instituto Ethos, Marina Esteves, abordou a importância de adaptar o conceito de ASG (ESG) à realidade brasileira, destacando que essa tropicalização envolve muito mais do que a simples tradução de normas globais. “Quando a gente construiu os Indicadores Ethos ASG, nós trouxemos muito essa discussão. Como tropicalizar a agenda ASG e traduzir isso para a realidade brasileira. O Brasil, amplo do jeito que é, nos deixa com outro desafio: os diferentes ‘Brasis’ e as diferentes características locais”, disse Marina. “Não dá para homogeneizar toda essa diferença cultural, social, de classe, raça e gênero. Pensar ‘Brasil’ é pensar diferentes ‘Brasis’ e em como cada empresa vai ter um jeito de traduzir essa discussão sobre localidade e ASG”, concluiu.  

O evento incluiu discussões sobre como as práticas transversais podem apoiar a adaptação aos cenários brasileiros, além de compartilhar estudos de casos e os principais desafios enfrentados pelas empresas na tradução de normas globais de sustentabilidade para as realidades locais. 

As pessoas participantes foram incentivadas a avaliar as particularidades de suas operações, considerando a geografia e a influência das interações culturais, sociais e econômicas no desenvolvimento de estratégias de sustentabilidade. O encontro também destacou a importância de metodologias e ferramentas adequadas para a gestão de riscos no contexto local. 

Também foi abordado a importância do uso de dados precisos e personalizados na implementação das práticas ASG (ESG), especialmente no contexto das localidades. A utilização de dados adaptados à realidade brasileira foi apontada como essencial para que as empresas possam gerenciar riscos de forma eficaz, uma vez que cada localidade apresenta desafios específicos. O compartilhamento de informações e a coleta de dados locais foram enfatizados como insumos relevantes para guiar as estratégias de sustentabilidade, garantindo que as decisões sejam fundamentadas nas particularidades regionais, e não apenas em diretrizes globais.