Para a Maternidade nas Empresas, a maternidade é algo que transcende o aspecto biológico; é muito mais do que gerar um filho. Vemos a maternidade como mindset, uma maneira de enxergar o mundo. Mesmo quem não é mãe pode enxergar o mundo sob a ótica do cuidado e da empatia, atributos que estão fortemente associados ao maternar. Nosso trabalho é imprimir dentro das empresas a maternidade como mindset para mulheres, homens e para os negócios.
A maternidade, sobre o além de gerar outro ser humano e o ato de cuidar, está diretamente ligada à construção de um mundo futuro mais saudável. Mães desejam um mundo melhor, agindo sobretudo no presente. O cuidar é diferente do “preocupar-se com…” já que o cuidar denota um empenho e uma ação. No momento em que vivemos, é muito propício e necessário esse olhar em todos os aspectos. Porque é esse olhar e atitude de zelo que falta e fragiliza todas as relações. Por que não trazer esse conceito para além das relações familiares, afetivas, também para o ambiente dos negócios?
Não é de hoje que a humanidade está adoecendo porque estamos com ausência de cuidados, autocuidados, atenção e presença nas relações e o olhar atento ao próximo. Por que a maternidade como mindset? Porque é o exemplo máximo do cuidado. De resguardo incondicional às pessoas. Então, a maternidade além do biológico torna-se algo espiritual, do ponto de vista filosófico e não religioso. É uma forma de expandir esse cuidado para os outros seres humanos. Para os colaboradores.
Independente do gênero, o “olhar cuidadoso” está totalmente ligado e implícito aos líderes que mais inspiram e deixam legados significativos nas empresas pelas quais eles passam e na vida pessoal de cada uma das pessoas de sua equipe. Gerar filhos biológicos, por si só, muitas vezes acaba sendo mais simples do que o educar espiritual. Já que esse educar envolve cuidar e ajudar as pessoas a encontrarem um caminho de autorrealização ao longo da vida.
O papel das empresas mudou. Elas assumem agora um importante papel como rede apoio de seus colaboradores, em que se faz necessário esse “espírito cuidador”, criando assim um elo de cumplicidade e confiança. Funcionários prósperos contribuem para melhores resultados de negócio.
Se, por um lado, vivemos um momento difícil em função da crise de saúde mundial, nunca no universo corporativo e organizacional houve uma abertura tão grande para temas como saúde mental e o bem-estar dos colaboradores dentro do cotidiano das organizações empresariais. Porque o mundo corporativo, os empreendedores e CEOs estão aos poucos entendendo que quem cuida, nutre. E todas as relações precisam ser nutridas.
Muitas vezes, zelar pelos colaboradores e as relações interpessoais pode ser simplesmente um “colocar na agenda e conversar”. Desenvolver uma escuta atenta e empática. Ser gentil. É, de fato, algo simples, mas que ainda não foi incorporado pelas empresas.
O líder do passado é o líder que cobra. O líder do presente e do futuro é o líder que cuida. Costumamos dizer que todos temos que usar os óculos da maternidade. Óculos da empatia, da troca e da gentileza, que potencializa o exercício de ligar o radar para sentir o próximo.
Experimentar os óculos da maternidade é algo urgente; acolher esse tema e trazê-lo para o diálogo do mundo é fundamental para conseguir transformá-lo.
É tempo de ressignificar tudo, o que realmente importa e faz sentido na vida e o “cuidar efetivo” e maternal é uma dessas mudanças que veio para ficar. Para conectar, criar e estimular a sabedoria e as virtudes nos outros seres humanos. E também para impactar as pessoas, seus dias e seu rendimento em suas carreiras com amor e zelo.
Ao contribuir com o crescimento de outro ser humano, empresas também crescem e todos aprendem muito. Com uma escuta e um diálogo ativo e afetivo: necessário e imprescindível para o novo mundo que queremos construir, seja dentro dos escritórios ou dos muitos lares que agora abrigam um home office.
A maternidade pode ser lente para inovação dentro das empresas, veja só:
O que você pensa a respeito? Queremos te ouvir!
Abraços, Luciana e Susana.
Por: Luciana Cattony e Susana Zaman, fundadoras da Consultoria Maternidade nas Empresas
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