Os caminhos traçados pelo Ethos frente aos desafios globais para a preservação do meio ambiente

Dia 5 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Mas há pouco a comemorar, visto que as últimas notícias não suscitam melhoras, entre elas, a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e o incentivo ao carvão e o aumento do desmatamento e do número de emissões de gases do efeito estufa, no caso brasileiro. É válido ressaltar que muitos são os efeitos do aquecimento, dentre outros, a inviabilidade de produzir determinados alimentos em temperaturas mais elevadas, conforme alerta o climatologista Carlos Nobre.

Os desafios e as consequências dos efeitos do aquecimento global, causado pela emissão de gases do efeito estufa (GEE), extrapolam as barreiras geográficas. As consequências da emissão destes gases já são sentidas como por exemplo, o aumento do nível do mar maior do que o previsto e a vulnerabilidade das regiões costeiras. Este ano, a ONU confirmou mais um recorde de calor e afirmou que o clima entrou em território desconhecido, devido aos avanços da temperatura e consequências das mudanças climáticas.

O Brasil tem um grande potencial de geração de energia limpa, entre elas, a solar e a eólica. Os investimentos em energia alternativa têm crescido no país, mas estão muito aquém da capacidade energética, que facilitaria o cumprimento do Acordo de Paris, acordo global pela redução das emissões de gases do efeito estufa para barrar o avanço das mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global.

Outro ponto em que o país tem grande potencial é na precificação do carbono, quando levado em consideração a compra de créditos de carbono. Contudo, o que se vê na realidade brasileira, é o aumento das emissões de gases e o baixo investimento em energia limpa.

O Instituto Ethos trabalha para que as empresas do país percebam o potencial e a importância em considerar as questões das mudanças climáticas, e para que as companhias invistam em caminhos e fontes mais sustentáveis em sua produção e de sua cadeia de valor. Entre os projetos estão o Fórum Clima, para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas e o ForumMobi, sobre mobilidade urbana. É sabido que o incentivo a modais não poluentes e o incentivo ao transporte coletivo em detrimento do individual tem impacto na emissão de gases poluentes, responsáveis pelo aquecimento global.

Em 2016, o Fórum Clima, junto a empresas e organizações da sociedade civil, lançou apoio à precificação do carbono, tido como uma das medidas mais favoráveis para combater às mudanças climáticas já que repassa ao agente poluidor os custos da emissão, o que acaba por incentivar energias mais limpas e processos menos poluentes. Conheça os detalhes da iniciativa aqui. No próximo dia 7, o Ethos realizará uma reunião para apresentar a primeira versão do questionário do Guia Temático do Fórum Clima, que tem como objetivo construir indicadores para acompanhar os compromissos da Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas. Veja os detalhes do evento aqui.

Por Bianca Cesário, do Instituto Ethos

Foto: Biovoic News