Órigo Energia busca no Ethos as melhores práticas para uma gestão sustentável

Investir em um modelo de negócios rentável que ao mesmo tempo privilegie a sustentabilidade e corrobore com o meio ambiente é a missão da Órigo Energia.

A empresa cujo foco é desenvolver e implantar sistemas de energia sustentáveis associou-se ao Instituto Ethos tendo como expectativa, entre outras motivações, a ambição de estreitar o relacionamento com outras organizações que também estejam imbuídas em gerar o mínimo impacto negativo ao meio ambiente e comprometidas em atuar de acordo com boas práticas em responsabilidade social empresarial.

Surya Mendonça, CEO da Órigo Energia, explica os trabalhos desenvolvidos pela companhia e sobre os desafios do setor.

Ethos: O que levou a Órigo Energia a se dedicar em desenvolver e implantar sistemas de energia renováveis e sustentáveis?
Surya Mendonça: Este é nosso propósito, nossa razão de existir. A Órigo é uma startup que nasceu almejando gerar impacto e massificar a utilização da energia renovável solar, no Brasil. Acreditamos no potencial de mercado deste setor, que cresce de forma exponencial no país e ainda apresenta uma penetração muito baixa proporcionalmente ao número de residências e empresas brasileiras. Por isto apostamos em desenvolver soluções inovadoras para nossos parceiros e clientes, reduzindo o impacto de CO2 gerado no meio ambiente e proporcionando o consumo de energia inteligente, que é econômica e sustentável.

Ethos: Quais são os principais modelos com os quais trabalham atualmente?
Surya Mendonça: Hoje atuamos em três pilares de negócios distintos:

  1. Telhado Solar: são os sistemas que são instalados em residências e empresas, que podem gerar até 95% de economia para nossos clientes. Estes sistemas são vendidos e têm vida útil de até 25 anos. O Payback médio do investimento dá-se de 4 a 7 anos.
  2. Fazenda Solar: é serviço inovador e pioneiro no Brasil. Trabalhamos no modelo de aluguel de lotes produtores de energia. Estes lotes são oferecidos a parceiros, pequenas e médias empresas, que além de terem acesso à energia limpa podem vir a ter até 10% de economia em sua energia. Pense em uma pequena rede de supermercados que têm contas aproximadas de R$10/kw por mês, para gerir estoque, geladeiras e toda a sua operação. Esta economia para o pequeno e médio empresário pode ser bastante significativa e representar além de lucro operacional, também a possibilidade de investimento e melhorias em seu negócio.
  3. Projetos Especiais: iniciativas e projetos que trabalhamos no modelo taillor made para empresas, concessionárias, dentre outros. O Projeto Porto de Moz é exemplo deste pilar de atuação da Órigo Energia. Tentamos sempre direcionar a escolha de projetos para aquelas situações que apresentam o maior impacto para um maior número de beneficiados e assim podemos contribuir para um entorno mais positivo e sustentável ao nosso país.

Ethos: Quais os principais benefícios da utilização dessas fontes de energia solar quanto ao meio ambiente?
Surya Mendonça: A energia é proveniente de uma fonte inesgotável e não poluente, o Sol. Minimiza-se então a emissão de CO2 quando comparada esta geração a outras maneiras de se produzir energia. Podemos então considerar a energia solar, uma energia limpa e com baixo impacto ambiental. Outro fator importante é a durabilidade dos equipamentos, que chega a 25 anos, diminuindo a pegada de carbono da produção. A produção da energia solar não exige alterações no ambiente em que se produz, como é o caso das instalações de usinas hidrelétricas e suas áreas de alagamento.

“Podemos então considerar a energia solar, uma
energia limpa e com baixo impacto ambiental”

Aproximadamente 1,2 bilhão de pessoas vivem sem eletricidade hoje no mundo sendo que a maior parte destas comunidades se encontra em regiões rurais isoladas. No Brasil, de acordo com o censo de 2010 mais de 2,7 milhões de pessoas, cerca, de 1,3 milhões de domicílios, não possuíam acesso à energia elétrica.  Ainda temos um grande desafio social para a inclusão de quem é marginalizado ao acesso de energia. Este desafio, em nossa visão, deve ser cumprido de maneira sustentável a longo prazo gerando o mínimo de impacto para o meio ambiente. O setor de energia renovável gerou, em 2016, um total de 9,8 milhões de empregos. No Brasil cerca de 4 mil empregos são gerados anualmente somente no setor de energia fotovoltaica. Ainda temos um potencial grande de expansão quanto ao uso da energia renovável e do desenvolvimento de sua cadeia como um todo.

“Ainda temos um grande desafio social para a inclusão de quem é marginalizado ao
acesso de energia. Este desafio, em nossa visão, deve ser cumprido de maneira
sustentável a longo prazo gerando o mínimo de impacto para o meio ambiente”

Ethos: Como surgiu a iniciativa de gerar energia solar na comunidade ribeirinha do município de Porto de Moz, no Pará?
Surya Mendonça: Trata-se de um projeto dentro do programa Luz para Todos, do Governo Federal. Uma licitação da qual participamos e que temos o privilégio de desenvolver por estar alinhado aos nossos valores e impacto que queremos gerar.

Ethos: Há pretensão de ampliar para outras localidades?
Surya Mendonça: Hoje já temos escritórios em Campinas, Sorocaba (SP) e Belo Horizonte (MG). Estamos planejando expansão, mas já atendemos todo o Brasil com a venda de kits para integradores e por meio de nossa frente de Projetos Especiais.

Ethos: Quais as expectativas da empresa quanto a associação ao Ethos?
Surya Mendonça: Temos como expectativa conhecer detalhadamente as melhores práticas para uma gestão sustentável, de maneira que consigamos implementar sempre melhorias em nossos processos, modelos e gestão. Pensamos que assim poderemos nos desenvolver enquanto companhia e profissionais. Além disto, acreditamos que a associação ao Ethos poderá nos proporcionar uma rede de relacionamentos interessante com outras empresas que também apresentam este comprometimento.

“Temos como expectativa conhecer detalhadamente as melhores práticas
para uma gestão sustentável, de maneira e que consigamos implementar
sempre melhorias em nossos processos, modelos e gestão”.