Foi lançado ontem (15/04), na sede da Controladoria Geral da União (CGU), em Brasília, o novo edital do Pró-Ética 2025-2026. O programa, que visa fomentar a integridade no setor privado chega a uma nova edição com avanços importantes e atualizações relevantes. 

Entre as principais novidades está a ampliação do conceito de integridade, que passa a incorporar temas relacionados aos direitos humanos, meio ambiente e à mudança climática. Com isso, o Pró-Ética inaugura uma nova fase, alinhando-se às agendas de responsabilidade socioambiental e reforçando o respeito aos direitos humanos e meio ambiente como um dos pilares da integridade corporativa. 

Outra mudança significativa é a ampliação do escopo de empresas elegíveis. A partir desta edição, poderão participar também empresas estatais federais dos setores financeiro e de petróleo, gás e energia, desde que estejam sob controle direto da União e não dependam do orçamento público para cobrir suas despesas operacionais ou de investimento. As subsidiárias permanecem excluídas. 

Além disso, passa a ser exigida, como critério de admissibilidade, a adesão a ambos os pactos de integridade atualmente vigentes: o tradicional Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção, do Instituto Ethos, e o novo Pacto Brasil pela Integridade Empresarial, lançado pela CGU. A assinatura dos dois compromissos torna-se, assim, etapa obrigatória para a candidatura. 

Com as inovações desta edição, o Pró-Ética 2025-2026 reafirma seu papel estratégico no fomento de um ambiente de negócios mais íntegro, ético, transparente e alinhado aos desafios contemporâneos da sustentabilidade e dos direitos humanos. 

Nesse contexto, o Instituto Ethos, parceiro na criação do Programa Pró-Ética, apresenta o documento “Integridade Socioambiental”, resultado de uma pesquisa conduzida pelo seu Grupo de Trabalho de Integridade que discute como empresas têm incorporado questões socioambientais e de direitos humanos às suas práticas de integridade, refletindo a crescente preocupação do setor privado com os impactos sociais, ambientais e climáticos, além dos desafios enfrentados nesse processo. 

O esforço do Ethos em fortalecer a integração entre integridade, sustentabilidade e direitos humanos também se expressa no lançamento de duas outras publicações complementares. O guia “Práticas ASG para a Localidade”, produzido pelo Grupo de Trabalho de Meio Ambiente, que propõe a adaptação das estratégias empresariais às realidades territoriais brasileiras, reforçando a importância do contexto local na implementação de compromissos ASG (ESG); e o “Manifesto para uma Governança Corporativa em Direitos Humanos: Um Chamado para Ação”, elaborado pelo Grupo de Trabalho de Direitos Humanos como um convite para as lideranças empresariais assumirem um papel mais ativo na promoção e na proteção dos direitos humanos em suas operações e cadeias de valor. 

Para uma compreensão aprofundada e integrada dos temas, o Instituto Ethos recomenda a leitura sequencial dos três documentos, iniciando por Integridade Socioambiental, seguido por Práticas ASG para a Localidade e, por fim, pelo Manifesto para uma Governança Corporativa em Direitos Humanos. Essa abordagem permite às empresas uma visão mais abrangente sobre como alinhar suas práticas de integridade aos desafios socioambientais contemporâneos. 

Com esse conjunto de materiais, o Instituto Ethos reafirma seu compromisso em apoiar o setor empresarial na construção de práticas mais éticas, responsáveis e conectadas com a realidade brasileira.