As necessidades dos trabalhadores, trabalhadoras e dos mercados de trabalho devem ser incluídas nos planos de recuperação da pandemia, disse o diretor-geral da OIT aos e às líderes do G20

O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, acolheu com satisfação a afirmação dos e dos líderes do grupo de nações do G20 de que adotarão abordagens políticas centradas nas pessoas em seus planos de recuperação da pandemia da COVID-19.

Adotada após um fim de semana de debates em Roma, a declaração do G20 ecoa o Chamado Global à Ação da OIT para uma Recuperação Centrada nas Pessoas, assinado em junho passado por seus 187 Estados-membros. O plano traça medidas para criar uma recuperação da pandemia centrada nas pessoas e evitar cicatrizes de longo prazo nas economias e sociedades. O acordo determinou que cabe à OIT utilizar todos os meios de ação para apoiar o desenho e a implementação de estratégias de recuperação que não deixem ninguém para trás, incluindo o reforço da cooperação com outras instituições do sistema multilateral.

 

Compromisso

Observando as desigualdades agravadas pela pandemia da COVID-19 , a Declaração do G20 destacou o compromisso dos e das líderes em garantir condições de trabalho seguras e saudáveis, trabalho decente para todas as pessoas, justiça social e diálogo social.

Os sistemas de proteção social serão fortalecidos, afirma a Declaração, a fim de reduzir as desigualdades, erradicar a pobreza, apoiar as transições e a reintegração de trabalhadores e trabalhadoras nos mercados de trabalho e promover o crescimento inclusivo e sustentável.

Em seu discurso para a liderança do G20, o diretor-geral da OIT apontou a estagnação da recuperação do mercado de trabalho mundial e a “grande divergência” entre os países de maior e menor renda, conforme destacado no último Monitor da OIT sobre a COVID-19 e o mundo do trabalho.

“As perspectivas para a recuperação do mercado de trabalho permanecem desiguais e incertas em face a interrupções na cadeia de suprimentos, picos de preços de energia, preocupações com a inflação e as dificuldades relacionadas à dívida. A recuperação depende muito da capacidade de cada país de administrar o estímulo fiscal adequado e da disponibilidade de vacinas”, disse Ryder.

 

Por: Nações Unidas Brasil

Foto: Nações Unidas Brasil