Beneficiário final e investimento em compliance também foram temas do debate

Durante a participação no Fórum Conformidade nos Negócios, realizado pelo jornal Folha de S. Paulo, na última terça-feira (11/04), no Museu da Imagem e do Som (MIS), Caio Magri, diretor presidente do Instituto Ethos falou sobre integridade e transparência nos negócios em uma mesa de debates que contou com a participação do advogado Modesto Carvalhosa e com o professor de economia da FGV, Marcos Fernandes Gonçalves da Silva, mediada pelo repórter especial da Folha Julio Wiziack.

“Quanto a terceirização, a política de contratação de terceiros e o processo para que ocorra deverá estar de acordo com o código de conduta da empresa. No que se refere ao tipo de contratação, será preciso avaliar os riscos e entender que não há um modelo único. Cada tipo de contratação e empresa deve ser avaliada individualmente”, destacou o presidente do Ethos em sua explanação a respeito da terceirização.

O desafio em regular os acordos de leniência, a necessidade que as empresas têm de ferramentas para avaliar os processos de combate à corrupção e a identificação do beneficiário final das companhias também foram pontos observados por Caio.

Quando questionado sobre o investimento para a implantação de um sistema de compliance Magri foi categórico: “temos que desmistificar a ideia de que é preciso um grande investimento. Em 2016, pela primeira vez uma empresa pequena foi reconhecida com o selo Pró-Ética. Se houver governança na empresa, não se faz necessário um investimento de alto valor monetário”.

Por Rejane Romano, do Instituto Ethos