O funcionário é um dos mais importantes stakeholders da empresa. Atuar de forma socialmente responsável com o público interno significa mais do que respeitar os direitos garantidos pela legislação. Isso é imprescindível, mas também é necessário investir no seu desenvolvimento pessoal e profissional, assim como oferecer sucessivas melhorias nas suas condições de trabalho. É preciso ainda respeitar as culturas locais e manter um relacionamento ético e responsável com as minorias e com as instituições que representam seus interesses.
Nesse novo cenário, o público interno deve estar inserido nas decisões estratégicas relacionadas a incremento de produtividade, substituição de recursos, avaliação de fornecedores, melhorias operacionais e outras medidas que corroborem para o desenvolvimento contínuo da empresa na adoção de uma gestão socialmente responsável. Nesse contexto, as empresas têm o desafio de aumentar os níveis de competitividade e produtividade, paralelamente à preocupação com a legitimidade social de sua atuação. O dinamismo dessa equação está representado pela necessidade constante de mudanças, que vão da escolha da matéria-prima para concepção dos produtos à abordagem dos processos produtivos.
Por esse olhar, cada área da empresa – na qual a experiência do dia a dia favorece o acúmulo de conhecimento em determinadas especificidades – tem potencial para oferecer melhorias nas suas searas de atuação. As propostas de mudança realizadas de dentro para fora são mais fiéis à cultura da empresa. E, com a aproximação dos funcionários, ganham força social desde a sua concepção.
É importante lembrar que o direcionamento da iniciativa privada para um caminho de contribuição com o todo é particular de cada empresa. O gestor tem a capacidade de alinhar a direção, mas não de determinar os passos a serem dados pela companhia ou por cada uma de suas áreas. Ele depende da adequação do seu modo de gestão ao modelo de negócios.
Daí a importância de se estimular a contribuição de todos os envolvidos, especialmente do público interno. A demanda por um modelo de gestão mais colaborativo não é imposta. Esse novo modo de produção, já em voga, é resultado do desenvolvimento econômico contínuo e da evolução das práticas empresariais, que passaram da simples produção de bens à consciência do papel influenciador que as companhias passaram a ter, simultaneamente ao desenvolvimento da sociedade como um todo.