“No Brasil, as filiais de multinacionais não apresentam nem mesmo seus balanços financeiro- econômicos. Já seria um avanço se apresentassem”, afirmou Oded Grajew, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos, durante o debate sobre responsabilidade social empresarial nos cinco continentes. Segundo ele, das 100 unidades econômicas mundiais que mais produzem no ano, 51 são empresas e 49 são países.
Para Grajew, as multinacionais precisam publicar balanços econômicos e socioambientais não só nos seus países de origem, normalmente europeus ou norte-americanos, mas também em suas filiais espalhadas pelo mundo – as quais, muitas vezes, não adotam as mesmas práticas de responsabilidade social das matrizes. Ele sugeriu inclusive que fosse realizada uma conferência para apresentar os balanços das matrizes e das filiais em todos os países em que atuam.
Segundo Manuel Escudero, chefe de Redes do Pacto Global da ONU, a única alternativa possível para essas empresas atuarem de forma positiva para a humanidade é fazer com que elas mesmas, de forma voluntária, coloquem um sentido em suas atividades. Escudero afirma que as diferenças geopolíticas e culturais entre os cinco continentes podem melhorar o Pacto Global. (Publicado em 15/06/2007)
Fonte: Instituto Ethos