Acima existem inclusões de arquivos javascript.

Ousadia para inovar: a palavra de ordem na plenária de abertura

Novos modelos e lideranças são necessários para ampliar as práticas de responsabilidade social nas corporações

Foto: Claudia Perroni
Sustentabilidade das idéias
Sustentabilidade das idéias
> Foto ampliada

 
Renovação de lideranças, inovações, ousadia e trabalho em rede são as principais exigências do cenário global para um desenvolvimento sustentável, destacadas na plenária especial de abertura da Conferência 2007, do Instituto Ethos. “Cada um de nós pode fazer algo para melhorar o mundo. Basta perceber que uma simples mudança é capaz de transformar dezenas de vidas. Nós temos de ousar, nem que a ousadia seja fazer o mínimo”, disse o presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young, ao iniciar a plenária.
 
Os debates tiveram como referência o relatório “Melhorando o Jogo – A Globalização É Sustentável?”, lançado pela SustainAbility. O documento traz novidades sobre os caminhos da responsabilidade social empresarial no mundo. Young destacou que o relatório é extremamente provocador e levará um bom tempo para ser deglutido. “Ele é passível de várias interpretações que nos ajudarão a chegar a um caminho mais sustentável”. Observou, no entanto, que o relatório apresenta a carência de não abordar o cenário tecnológico. “Estamos em pleno século 21, em que tudo o que acontece está ligado à comunicação. Não abordar a questão tecnológica é uma pena, pois não consigo ver evolução sem tecnologia”, disse ele.
 
A mesa foi moderada pelo presidente e CEO do Business for Social Responsibility (BSR), Aron Cramer, que começou com uma provocação ao fundador e empreendedor-chefe da SustainAbility, John Elkington: “Será possível sustentar a globalização ou será que a globalização pode nos sustentar?”  Elkington lamentou não poder responder. Segundo ele, não é possível continuar com modelos tradicionais na área da cidadania corporativa: “Precisamos de novas espécies, é necessário criar um novo ‘ecossistema’”.
 
Ousadia é peça-chave para novos líderes
 
Para o executivo-chefe do AccountAbility, Simon Zadek, os líderes das grandes corporações precisam ter ousadia, coragem para enfrentar o sistema vigente e buscar a sustentabilidade para implantar a responsabilidade social nas grandes corporações. Ele citou como exemplo o líder de uma multinacional petrolífera que desafiou seus empregadores, quebrou regras ao discursar em defesa da sustentabilidade – pegando de surpresa a alta cúpula do grupo – e conseguiu mudanças importantes na indústria. “Alguns dos nossos principais líderes têm de quebrar regras para tomar decisões mais à frente. Acho que as instituições tendem a criar líderes que não queremos”, afirmou.
 
Destacando que esse é um árduo desafio, Zadek ressaltou que muitas das multinacionais de grande influência no mundo não conseguiram, e talvez não consigam, abandonar velhos conceitos e se recriar rumo ao progresso. Ele acredita que uma nova geração de companhias vai se transformar no motor da sustentabilidade, rumo a uma sociedade melhor. Para ele, alguns investidores já se deram conta disso, estão mais amigáveis com o meio ambiente, abandonaram visões de curto prazo e já pensam na sustentabilidade e no futuro das empresas nas quais estão investindo.
 
A rapidez das informações exige atuação em redes de colaboração
 
Para Ernst Ligteringen, presidente da Global Reporting Initiative (GRI), as empresas precisam ter gestão de informação, transparência e visão ampla para caminhar em sintonia com a era da informação. “Atualmente a informação chega na velocidade da luz e está transformando as empresas. Hoje o indivíduo pode criar sua própria comunicação, por meio de blogs, ou interagir com os veículos de mídia. Por isso é importante uma gestão empresarial clara, transparente e objetiva”, observou.
 
Questionada sobre o cenário mundial na área das relações do trabalho, Alice Tepper Marlin, presidente e CEO do Social Accountability International (SAI), reconheceu que apesar dos avanços ainda há muito que caminhar, observando que mais de 2 bilhões de pessoas continuam vivendo com menos de 2 dólares por dia. O problema, segundo ela, é que os progressos nessa área ainda não atingiram todos os stakeholders na maioria dos processos produtivos. Para isso, Alice acredita que as empresas precisam estabelecer uma forma sistemática de classificar todos os seus fornecedores. (Publicado em 12/06/2007)

Fonte: Instituto Ethos

Image map Home
Multimídia
> TV Ethos
Conferência Internacional 2007 - Empresas e Responsabilidade Social

> Petrobras
Assista a Cobertura Petrobras

Logo Instituto Ethos
Logo Instituto Akatu
Logo Suzano
Logo Suzano
Resolução mínima: 800 x 600 px
© Copyright 2007, Instituto Ethos de Responsabilidade Social Empresarial. Todos os direitos reservados


Criação de desenvolvimento:  BABENKO