Embora o Brasil seja considerado o país das oportunidades no novo cenário internacional, devido ao grande potencial das energias limpas, as mudanças estruturais rumo à sustentabilidade ainda são incipientes. Durante a plenária “Agenda econômica para a sustentabilidade”, o executivo-chefe da ONG AccountAbility, Simon Zadek, antecipou alguns resultados de um estudo internacional, feito com 108 países, sobre a relação entre a prática da responsabilidade corporativa e a competitividade no mercado internacional.
A competitividade foi medida por uma série de indicadores que apontam a facilidade de realizar negócios nos países pesquisados. O relatório da AccountAbility, que será apresentado em 6 julho próximo, na reunião do Pacto Global da ONU, em Genebra (Suíça), mede, por exemplo, a burocracia nos processos de importação e exportação, totalizando 21 grupos de indicadores sobre políticas, negócios e sociedade. Neste estudo, o Brasil não está nem entre os 20 primeiros países que apresentam bons resultados. Já entre os 12 países “emergentes”, o Brasil aparece em segundo lugar, atrás da África do Sul e à frente de países como Rússia, Índia e China. “Existem ainda muitos mercados resistentes a inovações. Precisamos criar uma rede de colaboração e indução a mudanças no mercado rumo à sustentabilidade”, defendeu Simon.
O estudo da ONG britânica aponta que vários países europeus avançaram no quesito responsabilidade corporativa. Brasil, China e Índia estão na faixa intermediária, de países que ainda estão no começo do processo. Outras nações, como Zimbábue e Paquistão, encontram-se nas últimas posições entre os países cuja competitividade relacionada à responsabilidade social empresarial foi avaliada. (Publicado 13/06/2007)
Fonte: Instituto Ethos