Criada há 22 anos pelo bloco afro Olodum, a Escola Olodum trabalha com crianças e adolescentes no Pelourinho, em Salvador (BA), no projeto Rufar dos Tambores. Esse trabalho ajuda as crianças a se reconhecerem etnicamente e oferece melhorias na formação cívica e intelectual dos jovens. O projeto ministra cursos de informática, confecção de instrumentos e dança, bem como aprendizados sobre política, meio ambiente e cultura afro.
A Escola Olodum foi a atração cultural da cerimônia de entrega do Prêmio Ethos de Jornalismo 2007, que ocorreu durante a Conferência Internacional. A apresentação que empolgou a platéia resultou de um convite da Petrobras, empresa que trabalha com o grupo há cerca dois anos.
Há dez anos na Escola, Mara Felipe, que coordena o grupo em parceria com Cristina Calacio, se encanta ao dizer que “tudo fica maravilhoso quando os tambores tocam”. Mas procura deixar claro para os participantes que a Escola Olodum é uma oportunidade de mudança social e que eles não serão percursionistas para sempre. “Cerca de 5 mil jovens já passaram pelo projeto, mas apenas alguns poucos se tornaram percussionistas famosos”, relata Mara.
Um exemplo do encantamento e da beleza do trabalho apresentado pelo Olodum mirim é a participação de Malcolm Gentil, de 5 anos, filho de Mara. Chamado carinhosamente pela mãe de “Gentileza”, o menino é um competente tocador de repinique na banda.
A Escola Olodum conta hoje com 300 crianças e adolescentes e tem a previsão de lançar sue primeiro CD em outubro de 2007. (Publicado em 14/06/2007)