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Um longo e promissor caminho a seguir

A segunda mesa-redonda da CI 2006, no dia 22 de junho, cujo tema foi a Erradicação das desigualdades - A contribuição da RSE, encerrou, com casa cheia, a manhã deste terceiro dia de evento. Ao tratar do alcance das empresas socialmente responsáveis em relação à estratégia de transformação social, o debate analisou a sua contribuição para a redução das desigualdades. O alinhamento do potencial dos negócios com a resolução dos problemas sociais igualmente esteve no centro das discussões.

A atividade foi aberta pelo presidente do Grupo de Negócios da Anistia Internacional no Reino Unido e presidente da Curadoria do Business and Human Rights Resource Centre, Chris Marsden que lembrou a posição de destaque do Brasil no grupo denominado BRIC, composto também por Rússia, Índia e China.

Ele lembrou que a base de todo o trabalho é a Declaração de Direitos Humanos das Nações Unidas e ressaltou a importância do Pacto Global, um documento emitido pela ONU em 1999, onde mais de 2000 empresas, de 19 países, reconheceram a sua responsabilidade na questão ambiental, de trabalho e de direitos humanos. Essa iniciativa foi citada como uma das formas de resolver uma questão fundamental: a legitimidade de empresas privadas influírem, e positivamente, em questões de responsabilidade social empresarial (RSE), claramente de responsabilidade de governos. "Mesmo não desejando, as empresas precisam pensar e agir em questões públicas como direitos humanos, meio-ambiente, práticas éticas de negócios", disse Chris.

Ainda mais polêmica foi a declaração sobre os cinco estágios de crescente amadurecimento pelo qual elas evoluem: "Filantropia faz parte do estágio inicial de ação das empresas na RSE", disse. A ele, seguem-se a RSE reativa, a RSE pró-ativa, a empresa como agente ´desenvolvedor´ e, por fim, como ´resolvedor´ de problemas sociais", completou. Chris ainda descreveu os cinco poderes corporativos que podem ser utilizados em benefício da responsabilidade social: reconhecer o papel de governança ´de fato´ das empresas e da imprensa, de modo a aumentar a sua responsabilidade nesta atuação; informar ao mercado consumidor esse papel e seus resultados, permitindo decisões informadas; observar e assegurar a ética pessoal de líderes de negócios, executivos e demais empregados das empresas; estimular ONGs a igualmente criticar e condenar empresas; e apoiar e reconhecer boas iniciativas.

Em contraponto, e para dar a visão do Estado, o secretário Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, Floriano Pesaro, afirmou que "o sucesso da participação do Estado pode estar na economia de custos que se consegue com demoradas avaliações e reorientações". Em sua gestão, suas duas maiores preocupações são a continuidade às políticas públicas sociais, estabelecidas ao longo dos governos municipais, e estabelecer o norte a ser seguido daí para frente. Ele reconhece que o Estado está menor em tamanho e abrangência, migrando de uma posição de executor para uma de regulador e fiscalizador de investimentos. Mas, também, que vem ganhando em conhecimento, capacidade de avaliação, monitoramento e supervisão. Floriano também destacou a necessidade de integrar as diversas iniciativas de cunho social em execução por entidades parceiras do município, e citou dois programas: o Ação Família, de proteção social básica, buscando valorizar o fortalecimento da instituição familiar, em operação fundamentalmente nas regiões periféricas, onde se concentram os bolsões de pobreza de São Paulo; e o São Paulo Protege, de proteção social especial, corrente nas regiões centrais, cujo objetivo é a erradicação do trabalho infantil.

Para concluir, José Lima de Andrade Neto, presidente da Petroquisa, apresentou a visão e o exemplo de RSE na Petrobras, que, ao longo dos anos, migrou de uma visão assistencialista para a de apoio. "Ao lado do crescimento dos negócios e da rentabilidade, a responsabilidade social e ambiental completa o tripé de vetores de evolução da empresa", disse. E citou como projetos que deram certo o Petrobras Fome Zero e o de Fundo de Infância e Adolescência. "Juntos, eles significam investimentos de cerca de R$ 420 milhões, somente nos últimos três anos", completou, listando ainda iniciativas junto às demais partes interessadas da Petrobras, como o Siga Bem Criança, voltado para clientes caminhoneiros, para erradicar a prostituição infantil; a inclusão de questões ambientais nos seus requisitos junto a fornecedores; e a crescente inclusão de mulheres (10,7%) e de afro-descendentes (3,1%) na ocupação de cargos de chefia.

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