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Quarenta e um jovens da periferia de São Paulo foram selecionados para integrar
o grupo de dança do projeto Dança Comunidade, criado em 2003
, com o objetivo de unir o conhecimento do corpo a relações com a sociedade.
O movimento tem o apoio do Sesc-Pompéia, de São Paulo; coordenação de Ivaldo
Bertazzo, coreógrafo, bailarino, professor de dança e de terapias corporais;
e patrocínio da Petrobras. O espetáculo sucedeu a Cerimônia de entrega do
6º Prêmio Ethos de Jornalismo (PEJ) no encerramento das atividades do terceiro
dia da Conferência Internacional 2006.
Nesse projeto, estiveram envolvidos 13 arte-educadores, durante nove meses, e jovens de
11 a 18 anos que, além das aulas de canto, percurssão, ritmo, origami, lingüística, dança e saúde,
ainda receberam atendimento médico, alimentação balanceada, transporte e bolsa-auxílio.
O espetáculo Samwaad, apresentado por eles na noite do dia
21 de junho, no Teatro Alfa (SP), já foi assistido por mais de 60 mil pessoas.
Apesar disso, revela Ivaldo, no início foi necessário muito trabalho e dedicação
para conquistar esse sucesso: "Foi um investimento de muito tempo, mas que
acabou valendo a pena e dando um resultado bastante satisfatório. Eles têm
uma capacidade de aprendizado muito grande, desconhecida pela sociedade",
conta o coreógrafo.
Ivaldo destaca, ainda, que "todo ensino de arte-educação feito por ONGs é, no fundo, uma complementação ao ensino público".
Para a jovem de 16 anos, Gislene de Sousa, que está no grupo há três anos, a dança
hoje é mais do que uma diversão, é uma profissão. "Agora quero continuar dançando.
O meu sonho é dar aulas de dança". Abrir a cabeça para o que está acontecendo no mundo,
é a dica que Gislene deixa para os jovens que lutam por uma oportunidade.