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A dor e a delícia de ser o que é

Vany Laubé

A última plenária da CI 2006, na manhã do dia 22 de junho, foi uma oportunidade de sintetizar as realizações e o pensamento do Instituto Ethos e do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. Pelo primeiro, falaram o presidente do Conselho Deliberativo, Oded Grajew; o diretor executivo, Paulo Itacarambi, e o presidente da entidade, Ricardo Young. Ao lado do responsável pelo Akatu, Helio Mattar, eles falaram a uma platéia lotada, apesar de dia de jogo do Brasil na Copa, e interessada nas conclusões dos trabalhos destes últimos quatro dias de Conferência.

"Ainda há um longo caminho a ser percorrido", disse Oded. Para ele, atuar sobre as causas ou efeitos, em movimentos que ora parecem evolução, ora indicam uma retração dos trabalhos e do movimento, fazem parte do processo de mudança de cultura a que estão propostos.

Depois de comentar os momentos "verdadeiramente históricos" que marcaram este encontro, como o debate entre jornalistas de várias mídias, ocorrido no dia 19 de junho, e as discussões da manhã do dia seguinte, envolvendo o desmatamento da Amazônia e o controle do Estado, Ricardo enfatizou o quão evidente estão as feridas de quem, no dia-a-dia, enfrenta as contradições intrínsecas a um processo considerado de transição. "Estamos no estágio mais profundo do trabalho de reconhecimento da RSE, como agente transformador dentro das organizações empresariais", disse. Referindo-se à "berlinda" em que vivem os profissionais que atuam em prol da causa da sustentabilidade, o presidente do Ethos lembrou que "ao operar a transição, vivemos as alegrias e as dores desse processo", porque há muitas contradições dentro das empresas.

Ao final, segundo ele, o saldo é positivo: "Na soma, estamos mais fortalecidos em processos de sustentabilidade, seja porque as conversas estão cada vez mais claras e os casos cada vez mais discutidos, questionados, cobrados. Como ilhas dentro das organizações, temos o desafio de construir pontes para formar um novo tecido social, que nos permita retomar a esperança de criar um mundo melhor, mais ético e responsável", completou.

Plataformas de diálogo
Para Ricardo, o Instituto Ethos e o Instituto Akatu são plataformas de diálogo que existem justamente para fortalecer o processo de mudança. Como integrantes da sociedade civil, é fundamental que cada um cobre mais qualidade também da gestão pública, que não responde à dinâmica da sustentabilidade na velocidade pretendida. "Somente com alianças entre as ONGs e as instituições, vamos poder mudar isso", ressaltou, lembrando ainda que, mesmo não querendo, "as empresas privadas devem se conscientizar de que quanto mais poderosa, mais responsável é com o diálogo, a ética e a transparência da sociedade e do Governo".

"Mecanismos para isso estão sendo criados", referiu-se Ricardo ao lançamento do Fundo do Capital Solidário (FCS), do Índice de Desenvolvimento Infantil Empresarial (IDI-E) e do Pacto Empresarial pela Integridade e contra a Corrupção, viabilizados por meio das muitas parcerias que o Instituto vem estabelecendo com os diversos atores da sociedade. "Não vamos chegar à utopia da sociedade sustentável se não estabelecermos relacionamentos de qualidade. O Ethos é o espaço de criação desses relacionamentos e é por isso que teremos, a pedido dos conferencistas, mais mulheres à mesa, a participação das minorias nas discussões, entre outras sugestões."

Para assistir a transmissão online, acesse http://www.tvethos.com.br.

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