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Plenária discute sociedade sustentável

"Para mudar o País, temos que agir onde está o poder. E o poder está no mundo empresarial". Foi com esta frase que Oded Grajew, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos, abriu a plenária que marcou o início da Conferência Internacional Empresas e Responsabilidade Social 2006 e anunciou o lançamento do Pacto Empresarial pela Integridade e contra a Corrupção. "Da agenda empresarial dependem muito as mudanças que queremos fazer, por isso a importância deste enfoque de responsabilidade social. Esta conferência vai oferecer a muitos que estão aqui a oportunidade de serem socialmente responsáveis". E completou: "somos aquilo que fazemos, não aquilo que falamos", convidando os participantes que lotavam o auditório para assinar o Pacto.

A mensagem foi reforçada por Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos, que afirmou que o ceticismo de importantes formadores de opinião, constatado no estudo sobre a cobertura jornalística sobre RSE, lançado hoje na Conferência, passa uma mensagem clara: "O que vimos fazendo durante esses oito anos não foi suficiente para construir confiança no setor empresarial, a fim de que ele possa desempenhar o seu importante papel na construção de uma sociedade sustentável. Essa conferência começa sob esse desafio". E completou: "O movimento em direção ao desenvolvimento sustentável não será sem dor. Mas o importante não são as contradições e, sim, como nos preparamos para enfrentá-las".

A mesma linha de argumentação foi defendida por Guilherme Almeida, coordenador da Unidade de Direitos Humanos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD): "não estamos mais no tempo de construir protocolos, mas num momento de ação coletiva, e a ONU vem buscando uma aproximação cada vez maior do setor privado, de forma a reforçar a capacidade empreendedora no sentido da sustentabilidade". Ainda segundo Guilherme, o tema da sustentabilidade une todas as correntes, pois "não há divergências sobre a necessidade de se atingir essa meta, o que de fato deve ser feito, sob pena de se provocar um colapso do sistema social. O que está em discussão é a urgência em se alcançar esse objetivo", disse.

A questão do consumo responsável foi introduzida por Helio Mattar, presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, que também compôs a mesa. Para ele, a percepção de interdependência é o grande desafio: "se o principal motivo da expansão da fronteira agrícola da Amazônia é a pecuária, cada vez que comemos um bife estamos colaborando para o aquecimento global". Helio ressaltou a importância de que a produção e o consumo sejam colocados no seu devido lugar, como instrumentos de bem-estar e não um fim em si mesmo: "43% das pessoas acredita que aquilo que consomem define sua identidade, o que é uma completa inversão".

A seção foi concluída com a palestra de Cecilia Ugaz, consultora sênior de política no Escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD, que apresentou um panorama sobre o direito de acesso universal aos serviços sanitários e abastecimentos de água, em especial, pelas populações de baixa renda, nos países em desenvolvimento. "Perto de um bilhão de seres humanos não têm acesso à água para consumo e outros dois bilhões ao saneamento". Para Cecilia, o tema central dessa discussão deve ser a regulamentação e a responsabilidade social: "Água é um bem inelástico e os pobres já pagam um preço muito alto pelo acesso a ele. Por outro lado, é um negócio arriscado, com tarifas reguladas, que exige um alto investimento inicial e só dá retorno no longo prazo".

Programação da Conferência

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