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Contradições amazônicas

A mesa-redonda Desmatamento da Amazônia - como é possível evitar? encerrou os trabalhos da manhã do segundo dia da Conferência Internacional - Empresas e Responsabilidade Social 2006, debatendo a realização de atividades econômicas de alto impacto no meio ambiente, como pecuária, mineração e agricultura, e o desenvolvimento socioambiental da região amazônica. O confronto entre as políticas macro-econômicas e políticas ambientais se deu com base em experiências concretas de empresários que se deparam com estes dilemas em sua atuação cotidiana.

Sergio Amoroso, presidente do Grupo Jari-Orsa, o primeiro a se apresentar, focou questões do comprometimento de sua companhia, que destina 1% do faturamento bruto em ações de responsabilidade social em diversas áreas de atuação, da saúde à promoção de direitos. Ressaltou, ainda, que as ações do Grupo Jari-Orsa influenciam políticas públicas, nas áreas de saúde e educação, a exemplo dos programas de educação infantil, Mãe-Canguru e GRAAC. "Entendemos a empresa dentro de um território de ação que envolve universidades, ONGs, governo, setor privado e comunidade, em busca de parcerias participativas", enfatiza.

Sérgio Barroso, presidente da Cargill Agrícola S/A aproveitou o momento para tratar da questão da competitividade e sustentabilidade, de acordo com a legislação. Questionado durante os trabalhos sobre alguns posicionamentos que a multinacional mantém na região, principalmente em relação ao plantio da soja e construção de um porto em Santarém (PA) para escoamento da produção em direção à Europa, Sérgio Barroso afirmou que "a empresa trabalha dentro de princípios da legalidade", ainda que tenha algumas questões em andamento com o Ministério Público e entidades civis, como o Greenpeace.

Em contraponto à apresentação do presidente da Cargill, Eugenio Scannavino Neto, coordenador-geral do Centro de Estudos Avançados de Promoção Social e Ambiental do Projeto Saúde e Alegria, arrancou aplausos calorosos da platéia ao exibir uma reportagem feita pelo programa ´Fantástico´, da Rede Globo, sobre as fronteiras agrícolas na Amazônia, focando particularmente o que vem acontecendo na região de Santarém. Em meio a essa dura realidade de conflitos entre o homem da floresta e os agricultores vindos do Sul do País, Eugenio coordena sua entidade há, aproximadamente, 20 anos. "Sempre desenvolvemos ações de cidadania com a população local, dentro de uma visão que chamamos de ´cultura da floresta´, pautada na convivência construtiva do homem com o meio ambiente, a qual, acredito, é um dos caminhos para preservação da região", ressaltou.

Na seqüência, João Paulo Capobianco, secretário de Biodiversidade e Florestas, do Ministério do Meio Ambiente, elogiou a colocação da Amazônia no foco das discussões de eventos como o promovido pelo Instituto Ethos. "Há de se discutir, e muito, a realidade socioambiental dessa região do País que, desde os anos 60, vem sofrendo um duro processo de degradação e onde hoje vivem cerca de 23 milhões de brasileiros, a maioria deles na condição de pobreza absoluta", disse.

Maurício Reis, diretor do Departamento de Gestão Ambiental e Territorial da Companhia Vale do Rio Doce aproveitou a oportunidade para apresentar um balanço do que a empresa vem fazendo na região, e reforçou que qualquer ação ali implementada requer estudos técnicos e muito aprofundamento. "É muito mais barato fazer a coisa certa desde o início do que ter que consertar depois", advertiu.

Programação da Conferência

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