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Sobrevivência da espécie: o desafio do século

Os principais indicadores da mudança climática no Planeta, além da necessidade do compromisso das empresas com a redução de emissões de poluentes, como forma de se criar uma massa crítica na sociedade, suficiente para a reversão dessa tendência, foram os principais pontos de debates do painel Mudanças Climáticas - compromissos da empresa socialmente responsável.

O ambientalista Fabio Feldmann deu início a sua participação lembrando que "hoje a humanidade está diante de um grande desafio para a sua perpetuação enquanto espécie: a mudança climática". Segundo ele, o mundo só tomou conhecimento de problemas causados pela emissão de gases, como por exemplo o CFC (siga para clorofluorcarbono, gás usado na refrigeração, em solvente e aerosol), após a descoberta do buraco na camada de ozônio da Terra. Antes disso, as empresas diziam que, enquanto não houvesse provas científicas de que aqueles gases causavam alterações químicas na camada superior da atmosfera, nada seria feito. Comparando o tema da mudança climática com a Copa do Mundo, Fabio disse que há uma ambigüidade no assunto, pois cada um vê de uma maneira e aborda o tema do seu jeito. "Nós ultrapassamos o sinal vermelho", declarou. "A humanidade está diante do seu maior desafio. Se, no começo dos anos 90, pensávamos que a situação era dramática, hoje é muito pior", disse.

O diretor do Departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais do Ministério das Relações Exteriores, Luiz Alberto de Figueiredo Machado, destacou a Convenção de Montreal, que aborda a questão do clima, e que, segundo ele, ataca a causa do problema: "Temos que lidar com os fatos, começar a mudar a matriz energética, mas isso não quer dizer que não tenha a ver com o esforço coletivo", declarou. Luiz Alberto perguntou aos participantes sobre o que aconteceria depois de 2012, ano em que o Protocolo de Kyoto demarcou como meta para os países que ratificaram o documento cumprirem seu papel. O diretor deixou claro que tudo ainda está no início, alegou que é difícil prever a política externa, mas lembrou que o processo já está em andamento.

Jacques Marcovitch, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), participou da mesa de debate, questionando como o Brasil poderia se tornar um país exemplar para o exterior. Traçando um paralelo com um teleférico, Jacques disse que há várias rodas de diferentes tamanhos movimentando o tema. A primeira, maior e mais lenta, começou mais cedo: é a da ciência. A leitura científica do assunto é sempre em busca da verdade. A segunda roda, menor e um pouco mais lenta, é representada pelas ONGs. Elas captaram o que os cientistas diziam e passaram a manifestar a indignação diante dos fatos. A última, a roda da mítica, é a mais rápida e tem maior dificuldade de entender o cientista. Para o professor, as ONGs são as "decodificadoras" entre a ciência e a mítica. Fechou sua apresentação dizendo: "O Brasil é capaz de fazer a diferença, mas ainda não fez o suficiente".

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