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Inclusão Social e Reciclagem na construção de um modelo de desenvolvimento sustentável

Numa mesa bastante representativa do que seriam os principais interlocutores de um processo de desenvolvimento sustentável, Valdemar de Oliveira Neto, coordenador regional da Fundação Avina; Luiz Henrique da Silva, diretor do Movimento Nacional dose Catadores de Material Reciclável (MNCR) e da Asmare; Luís Fernando Nery, gerente de Responsabilidade Social da Petrobras; e Vanúzia Gonçalves Amaral, chefe da divisão de coleta seletiva da Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte (MG), discutiram a gestão sustentável de resíduos sólidos.

Como representante da iniciativa empresarial, Luís Fernando explicou os caminhos percorridos pela Petrobras para o desenvolvimento de uma bem-sucedida Rede Nacional de Reciclagem de Resíduos Sólidos, "que focou seus esforços na integração de todos os segmentos do processo de tratamento de resíduos, principalmente na capacitação dos catadores de material reciclável e no aparelhamento dessa indústria de reciclagem". Para Valdemar, essa integração, não só do processo, mas também de todos os setores da sociedade, é a chave para a estruturação de uma indústria de reciclagem que seja sustentável, ao contrário do modelo atual no qual a base, a massa de catadores, é desorganizada e negligenciada, alimentando o processo de exclusão. "Para construir um modelo de inclusão social, de sociedade sustentável, é necessária a plena participação dos setores marginalizados. No caso dos catadores, tem sido importante a união da classe em prol de um objetivo", explica.

Para Valdemar, essa integração, não só do processo, mas também de todos os setores da sociedade, é a chave para a estruturação de uma indústria de reciclagem que seja sustentável, ao contrário do modelo atual no qual a base, a massa de catadores, é desorganizada e negligenciada, alimentando o processo de exclusão. "Para construir um modelo de inclusão social, de sociedade sustentável, é necessária a plena participação dos setores marginalizados. No caso dos catadores, tem sido importante a união da classe em prol de um objetivo", explica.

Um exemplo dessa união é o Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável, apresentado por Luiz Henrique da Silva. O Movimento tem por objetivo a organização e o fortalecimento do setor, e a legitimação da profissão e de suas demandas. "Grandes conquistas já foram alcançadas, como uma maior articulação política e o reconhecimento da profissão enquanto ocupação", lembrou Luiz Henrique. Mas o MNCR enfrenta, ainda, uma grande luta contra o preconceito da sociedade, contra a corrente de intermediários na produção e contra a própria ´indústria do lixo´, interessada no mercado da reciclagem.

Vanúzia Gonçalves Amaral, responsável pela adoção de uma política pública voltada à questão da gestão de resíduos em Belo Horizonte, afirma que embora essa preocupação reflita uma necessidade irrevogável da sociedade contemporânea, a construção desse modelo sustentável deve passar, antes de qualquer coisa, por uma reeducação da população: "Parece que tem uma certa incoerência entre o discurso e o consumo. Você já não consegue abrir mão de certos confortos, independentemente se sabe ou não o destino dos resíduos".

Vanúzia considerou, ainda, que o grande desafio das gestões públicas neste momento é o de englobar, definitivamente, os catadores e a população num projeto "que deve ser um meio para uma sociedade mais sustentável, e não um fim a ser atingido".

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