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Desafios de uma empresa socialmente responsável

Sob o tema A empresa socialmente responsável - desafios, dilemas e conflitos, Jason Clay, presidente da Unilever, John Elkington, fundador da SustainAbility, e John Renesch, escritor e empresário que substituiu David Cook, presidente do The Natural Step International, debateram os desafios a serem enfrentados por todo o setor empresarial na adoção de uma política de sustentabilidade como estratégia corporativa.

O presidente da Unilever apresentou a forma de atuação da empresa na Indonésia, dentro de um trabalho de pesquisa desenvolvido para avaliar o impacto de suas atividades junto aos seus diversos públicos locais. Jason falou sobre a geração de valor junto aos diferentes setores da cadeia produtiva, com ações focadas, por exemplo, nos pequenos produtores, buscando assim o desenvolvimento sustentável da região onde atua e também o combate ao risco de trabalho precário no país, utilizado por seus fornecedores. "Em uma linha de produção de doces, a base de soja, optamos por ter como fornecedores 15 pequenos produtores locais, em vez de um grande fornecedor dos Estados Unidos ou do Brasil. A escolha, que representou um acréscimo de mais de 10% nessa operação, revelou, no médio prazo, uma atitude benéfica em diversos aspectos, a ponto de permitir a redução no custo final de produtos", detalha o presidente da companhia na Ásia.


Segundo ele, diante desse sucesso, a iniciativa foi aplicada em outras cadeias produtivas da empresa, levando os produtos da Unilever a patamares da sociedade que antes não tinham acesso a eles. "Hoje, 5,7% da população mais pobre da Indonésia consome produtos Unilever".

Baseando-se no trabalho prestado pela SustainAbility a diversas empresas, John Elkington apontou o que, em sua concepção, será o caminho para a criação de um modelo de sustentabilidade, passando, necessariamente, pela atenção aos direitos humanos. "A preocupação com os direitos humanos passa por uma grande transformação", explicou, avaliando que essa prerrogativa vai hoje muito além de leis trabalhistas e de liberdades individuais, atingindo temas como produtos mais seguros e a inclinação a questões ambientais como a prevenção do aquecimento global.

O fundador da SustainAbility apresentou também, entre os desafios e conflitos enfrentados pelas empresas para abarcar essas políticas, preconceitos dos próprios empresários e questões mercadológicas, como o caso da Nissan, explanado pelo moderador Ricardo Young, cujo protótipo de um carro movido a hidrogênio não é economicamente viável no curto prazo. John afirma, porém, que à medida que valores e preocupações de toda a humanidade se tornam parte intrínseca da estratégia das grandes empresas, essas iniciativas começam a ganhar força."A sustentabilidade vai moldar o mercado", complementa.

A favor desse crescente movimento de humanização, John Renesch afirma que "é hora do mundo crescer. Temos uma oportunidade única de, conscientemente, ascender ao próximo passo da evolução". Sentenciou, como um desafio à própria Conferência que, sendo o setor mais poderoso da sociedade, "se as empresas não mudarem junto com a sociedade, não haverá mudança". O escritor também lembrou que é hora de sermos mais ´irracionais´ destacando a questão de que foi o pensamento racional que levou a todo esse caos contemporâneo. "Todo o progresso depende do homem que é pouco razoável", explicou o empresário norte-americano.

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